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GUERRA PELA ÁGUA EM MINAS GERAIS

AEROPORTO EM PARELHEIROS - Lideranças protestam

SANEAMENTO - EMPRESAS DESPERDIÇAM 40% DE ÁGUA NO BRASIL

CARIBE - PAÍSES BUSCAM FINANCIAMENTO PARA ENERGIA LIMPA

EM 30 ANOS BRASIL PODE TER PROBLEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

COLAPSO DE ÁGUA EM SÃO PAULO

ENERGIA LIMPA REQUER U$S 500 bi ANUAIS ATÉ 2030

UM TERÇO DAS DOENÇAS EM CRIANÇAS SE DEVE À CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

CAMPANHA POR MARCO REGULATÓRIO QUER LIBERDADE DE EXPRESSÃO COMO LEMA
RIO + 20 - CONFERÊNCIA DEVE APRESENTAR ALTERNATIVA AO PIB
PROFESSOR AZIZ AB' SABER - Homenagem
BRASIL SEDIA CONFERÊNCIA AMBIENTAL INTERNACIONAL EM 2012

Fórum Mundial da Água - FRACASSA TENTATIVA DE DECLARAR A ÁGUA UM "DIREITO HUMANO"

POLUIÇÃO VAI MATAR 7000 PESSOAS EM SÃO PAULO EM 2009
BIOTA E POLÍTICAS PÚBLICAS
PERDA DE BIODIVERSIDADE AMEAÇA MEDICINA
DESMATAMENTO CRESCE 600% NA FRONTEIRA BRASIL/BOLÍVIA

SÃO PAULO LIMITA HORÁRIO PARA QUEIMADAS
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA                 
17 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
BRASIL ESTÁ ENTRE AS MAIORES VÍTIMAS DE DOENÇAS AMBIENTAIS
UM QUINTO DA AMÉRICA DO SUL PODE VIRAR DESERTO

CORTE SELETIVO ALIMENTA DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
17 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS ORIENTA USO RACIONAL DA ÁGUA ATÉ 2020
ATÉ 2015, BRASIL PRECISA REDUZIR PELA METADE O NÚMERO DE PESSOAS SEM ÁGUA POTÁVEL.

RODOANEL
INFORME DA ONU SOBRE O DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO MUNDO
BRASIL É O 34o EM DESEMPENHO AMBIENTAL
CRESCE ÁREA DE PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
CALIFÓRNIA CLASSIFICA FUMAÇA DE CIGARRO COMO POLUIÇÃO
UM ANO DO PROTOCOLO DE KIOTO

DESASTRES NATURAIS
GUARAPIRANGA - EM PROCESSO PARA A CONDENAÇÃO
MUSEUS - FONTE DE CULTURA E CONHECIMENTO
FILTRO SOLAR ECOLÓGICO PARA PROTEÇÃO DE CULTIVOS
CHINA - UM GIGANTE DISPOSTO A TUDO
EUROPA PROIBIRÁ PRODUTOS USADOS NA AGRICULTURA
PESQUISA - TEMÁTICAS A SEREM DISCUTIDAS EM 2005/2006

ARUANDA CONCLUI PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EMPRESAS CADASTRADAS


Sinais da futura guerra pela água já surgem em Minas
fonte e texto: em.com.br


Sinais da futura guerra pela água já surgem em Minas

Em uma das regiões mais ricas de Minas, disputa por recursos para consumo humano, indústria e agropecuária exige intervenção oficial. Revezamento é paliativo para desafio que vai se agravar

De medições precisas feitas por gente como John Espíndola depende o abastecimento de três cidades, que pode ser ameaçado pela captação excessiva

Iraí de Minas, Nova Ponte, Santa Juliana, Uberaba e Uberlândia – As previsões apocalípticas de guerras pela água parecem fazer parte de um futuro distante, mas aqueles que podem ser seus primeiros sinais já se fazem sentir muito mais perto do que se imagina. O leiturista John Hebert Espíndola, de 27 anos, não pensa nisso quando sobe na motocicleta, às 6h30, papel, prancheta e caneta a tiracolo, para anotar os números indicados em réguas e pluviômetros. Mas sabe que, pelas próximas horas, a população de três cidades depende de suas análises precisas. Por isso, a cada dia o jovem roda 306 quilômetros entre Iraí de Minas, Nova Ponte e Romaria, no Triângulo Mineiro, fazendo medições em 23 pontos nos rios Santa Fé, Bagagem, Mandaguari e afluentes. Ao primeiro sinal de diminuição dos níveis, é preciso lançar o alerta a todos os integrantes da Associação Regional dos Usuários da Bacia Hidrográfica do Rio Bagagem e Afluentes. Após o alarme, para usar o recurso hídrico, só em esquema de revezamento. Esse é apenas um reflexo da batalha por água que vem sendo travada em uma das regiões economicamente mais ricas do estado, banhada pela bacia do Rio Paranaíba. Nela, interesses diversos se confrontam e a necessidade de abastecimento dos centros urbanos, somada à deterioração da qualidade da água e ao consumo para irrigação, motiva disputa na região onde foram registrados quase 60% dos conflitos pela água em Minas.

Uma área é declarada em conflito pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) quando a demanda em determinado trecho é maior do que a capacidade do rio de oferecer abastecimento. Nesse caso, as autorizações para uso só podem ser concedidas coletivamente a uma associação de usuários, que combinam como vão consumir o recurso de acordo com a necessidade de cada um e a capacidade da bacia. Nesses processos são feitas adequações como captação em dias e horários alternados, sempre levando em conta que o abastecimento para consumo humano é prioridade. Em todo o estado há 39 áreas em disputa, 23 delas na bacia do Paranaíba. No caminho do rio – que nasce na cidade de Rio Paranaíba, em Minas, e percorre cerca de 1,16 mil quilômetros até o encontro com o Rio Grande –, o confronto por água já é uma realidade.

As características da bacia explicam o motivo: ela pertence à Região Hidrográfica do Paraná, da qual é a segunda maior unidade, com 25,4% de sua área, abrangendo parte dos estados de Goiás (65%), Minas (30%), Distrito Federal (3%) e do Mato Grosso do Sul (2%). A água atende a necessidades que vão desde o básico, o consumo humano, até a garantia das atividades econômicas, principalmente a agropecuária. A população da região é de cerca de 8,5 milhões de habitantes, mais de 90% em áreas urbanas.

Cerca de 78% da população conta com rede de água, mas a coleta de esgoto chega para apenas 59%. Pior: somente 21,7% dos dejetos coletados são tratados. Se nada for feito, a tendência é piorar. Projeções indicadas pelo comitê da bacia dão conta de que, até 2020, a população saltará para mais de 18 milhões de habitantes. Uma pressão agravada por resíduos da agricultura e pela destruição das matas ciliares. “Prevemos impacto no recurso hídrico, com maior consumo. O esgoto vai aumentar também”, afirma o presidente do Comitê da Sub-bacia do Rio Araguari, Wilson Shimizu. “Estamos pressionando o rio numa velocidade e intensidade grandes, não dando a ele tempo de se recuperar. Temos ainda uma situação folgada, mas chegará a um ponto insustentável.”

Pivôs
Na região rica em agropecuária, a irrigação é outro ponto forte e os pivôs, estruturas para irrigar grandes áreas, se tornaram motivo de preocupação. É o que ocorre em Iraí de Minas, a 466 quilômetros de BH, onde o plano de contenção acompanha o índice pluviométrico e prevê rodízio e limitação dos pivôs. “Se houver problemas, os produtores são avisados, para ninguém ser pego de surpresa. Precisamos ter água sempre e garantir que o pessoal rio abaixo não fique sem”, conta o leiturista John Espíndola.

Na cidade vizinha de Santa Juliana, o acordo para tentar conter a pressão sobre as águas do Ribeirão Santa Juliana também está sendo fechado, mas as chuvas inesperadas de maio e junho adiaram uma solução mais drástica. Em Uberlândia, o Rio Uberabinha, além de sofrer com a poluição, não dá mais conta de abastecer o município. Em Uberaba foi preciso contar com a outorga concedida pela cidade de Sacramento para explorar o Rio Claro nos períodos críticos de seca. Mas a solução não agradou os moradores do município concedente, que defendem que a autorização para uso da água seja revertida para o Rio Grande, na Bacia de mesmo nome.

Propostas para esfriar o conflito
A força que corre rio abaixo carrega a fórmula da vida. De lá sai o líquido para beber, plantar e produzir. Porém, na Bacia do Rio Paranaíba, em parte do Triângulo Mineiro, sinais diários indicam que a fartura é apenas aparente e, por isso, beber, plantar e produzir deixam de ser um ciclo harmonioso para virar disputa pelo elemento central dessa história: a água. Para resolver o problema e impedir que a escassez se espalhe, o comitê da bacia e a Agência Nacional das Águas (ANA) formaram uma câmara técnica com o objetivo de propor linhas de gestão do conflito. O caminho será restringir o uso múltiplo do recurso hídrico e definir quanto cada um poderá gastar por dia, durante quantas horas, em que período, quanto pagará, entre outros aspectos.

A câmara discutirá ainda a questão das unidades de conservação nos estados componentes da bacia, fator importante na preservação dos cursos d’água e da biodiversidade, além de ações para recompor as áreas de preservação permanente. “Sempre se deve ter em mente que sustentabilidade se consegue com viabilidade ambiental, econômica e social. Não é derrubando árvores e invadindo nascentes que chegaremos lá. Também não é acabando com a atividade industrial, nem acabando com o agronegócio ou o pequeno produtor, mas sim com a gestão de todos os usos dos recursos”, afirma o secretário-executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba e presidente da Sub-bacia dos Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba, Nilo André Bernardi Filho.

Ele chama ainda a atenção para outro tipo de conflito – o da geração de energia. Na bacia do Paranaíba ela ultrapassa 7 mil MW em 19 usinas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico – sem contar o potencial de geração, já na conta de futuras centrais hidrelétricas. Para Nilo Bernardes, elas levantam a discussão sobre dois aspectos: de um lado, a energia elétrica necessária à vida do homem e, de outro, o impacto nos ecossistemas atingidos. “Ocorre mudança da temperatura na área de entorno da represa construída. Em algumas ocasiões, as comunidades ribeirinhas sofrem com a quantidade de água que é liberada na geração ou no controle do nível de segurança da barragem, que traz destruição às proximidades do leito. Os peixes também têm seu caminho natural bloqueado, entre outros problemas.”

Protesto
Em Ituiutaba, a luta dos moradores é para não deixar esses problemas se tornarem a realidade nas águas cristalinas e ricas em argila do Rio Tijuco, orgulho do município localizado a 676 quilômetros de BH. O potencial para instalação de oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) tem tirado o sono da população, que já se pronunciou contra o empreendimento, em sintonia com parecer do comitê. Entre as grandes preocupações estão o fim do Parque da Reserva da Vida Silvestre, que protege as calhas dos rios, e o prejuízo à fauna local. Projetos preveem instalação de duas PCHs a 10 quilômetros e a 16 quilômetros do ponto de captação da água para a cidade.

Está marcado para ocorrer em duas semanas um seminário com representantes de diversos setores da sociedade, para formular um documento que será enviado ao governador Antonio Anastasia pedindo o fim do projeto. “Essa outorga vai estragar a água que bebemos, pois ela não chegará com qualidade. Há estudos comprovando que os microorganismos serão modificados. Estamos diante de uma grave ameaça”, alerta a conselheira do Comitê dos Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba, Cristina Garvil.

Corredeiras
Fruto de quase 7 mil quilômetros de expedição, a série Rios de Minas mostra a asfixia de nossas águas desde domingo, quando reportagem revelou a situação de pescadores que tiveram que virar areeiros no assoreado São Francisco. Na segunda-feira, as razões da decadência do Velho Chico foram mostradas por meio de seus maiores afluentes, Velhas e Paraopeba, tomados pelo esgoto de 4,5 milhões de pessoas. Valadares e as cidades do Vale do Rio Doce que passam sede à beira de mananciais poluídos foram tema da terceira reportagem da série, que na quarta-feira mostrou os contrastes da bacia do Rio Grande, dona do pior e dos melhores indicadores de água do estado. Ontem, o EM denunciou o sumiço de rios no Vale do Jequitinhonha e mostrou a esperança que chega com anúncio de R$ 75 milhões para a Pampulha, na bacia do Velhas.

fonte e texto: em.com.br
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Lideranças protestam contra aeroporto privado em Parelheiros

Movimentos socioambientais e lideranças da zona sul se reuniram nessa quinta-feira (1º) no CEU Cidade Dutra para articular um grupo de oposição à proposta de construir um aeródromo privado em Parelheiros. Os participantes do encontro foram unânimes em dizer que são contrários ao aeroporto pelo enorme impacto que causará às áreas de proteção ambiental, além de o projeto não ser prioridade para a região.

O local escolhido para a construção do aeroporto, que atenderá jatos executivos e companhias de táxi aéreo, está em uma área de proteção aos mananciais importantíssima para o abastecimento da cidade de São Paulo, que fica próxima à várzea do Rio Embu-Guaçu – principal formador da Represa de Guarapiranga. Além disso, o terreno também é vizinho de uma unidade de conservação e está em rota migratória de aves.

Os participantes da reunião argumentam, ainda, que não está claro de que forma o empreendimento terá condições de se viabilizar sem a abertura de um acesso ao trecho sul do Rodoanel. O problema, neste caso, é que o Rodoanel foi licenciado na região como rodovia classe zero, que não permite a construção de interligações, justamente para evitar a ocupação inadequada no entorno. O grupo também chama a atenção para o fato de que a área costuma ter muita neblina e, por isso, afirma que a localização não é adequada para o aeródromo.

A proposta do aeroporto privado em Parelheiros é defendida pelo governador Geraldo Alckmin. No entanto, organizações e moradores consideram que deveriam ser priorizadas obras como um hospital público, creches, escolas e equipamentos sociais e culturais, bem como melhorias no transporte público.

Movimentos e lideranças pretendem agora redigir um manifesto contra o aeródromo privado, que será entregue às autoridades municipais, estaduais e ao Ministério Público. Também serão marcadas manifestações em Parelheiros e em outros pontos da cidade, com o objetivo de sensibilizar a população.

02.08.13

Saneamento: empresas desperdiçam 40% de água no Brasil
por Gabriel Bonis, da Carta Capital
Estudo estima que, se as perdas fossem reduzidas, haveria ganhos de até R$ 37,2 bilhões ao final de 17 anos.

As empresas de saneamento básico no Brasil desperdiçam cerca de 40% da água que distribuem, um nível quase quatro vezes superior ao de países como Alemanha e Japão. É o que aponta o levantamento Manual sobre Contratos de Performance e Eficiência para Empresas de Saneamento em Brasil, realizado pela GO Associados a pedido da International Finance Corporation (IFC), instituição de desenvolvimento do Banco Mundial voltada ao setor privado, em parceria com o governo da Espanha. O documento foi divulgado nesta quinta-feira 27, em São Paulo.

Esse nível de desperdício tem se mantido praticamente estável nos últimos dez anos, com algumas operadoras de saneamento atingido índices superiores a 80%. O estudo estima que o Brasil precisa reduzir o desperdício em ao menos dez pontos percentuais para chegar aos níveis de perdas semelhantes aos países desenvolvidos.

Segundo o documento, a redução do desperdício de água entre 2009 e 2025 poderia gerar ganhos de até 37,27 bilhões de reais ao final de 17 anos. A estimativa considera uma redução de 50% das perdas, caindo dos atuais 37,4% de desperdício de média nacional para 23,2% – a média da Sabesp para contratos com financiamento internacional. “O investimento anual no saneamento no Brasil fica em 10 bilhões de reais [pelas empresas]. O controle das perdas é o equivalente a três anos de investimentos. É um impacto grande”, diz Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp e sócio da Go Associados.

Se as empresas do setor eliminassem as perdas também na energia, aponta o levantamento, poderia haver ganhos também. No cenário mais otimista da pesquisa, com uma redução de 25% do desperdício, os lucros poderiam chegar a 6,25 bilhões de reais. No mais conservador, com 15%, ficariam em 3,67 bilhões.

Os estados com maior desperdício são Amapá e Acre, com mais de 70% de perdas. Entre os mais eficientes estão o Distrito Federal, Espírito Santo e o Paraná, com menos de 30%. São Paulo e Rio de Janeiro possuem níveis entre 30% e 40%. “A eficiência na distribuição de água não ganhou a atenção da classe política, mas esse é um ponto importante para a sustentabilidade. Ao reduzir o nível de perdas, haverá mais água disponível”, afirma Oliveira.

Segundo o estudo, a Cosama (Amazonas) teve o maior desperdício (80,7%) entre as operadoras estaduais. A SAERB (Rio Branco), com 76,5%, foi a menos eficiente no âmbito municipal. Já a Sanepar (Paraná) foi a mais eficiente nos estados (21,2%) e a Sanasa (Campinas) nos municípios (18,0%). Foram analisadas as 52 maiores empresas brasileiras em termos de população atendida, estaduais e municipais. “Com menos perdas, não é preciso fazer muitos investimentos na ampliação da captação. O investimento para reduzir as perdas pode ser menor que um grande aporte de expansão”, diz Fernando Marcato, um dos responsáveis pelo estudo.
Contratos por desempenho. O estudo defende que as empresas de saneamento tentem reduzir a perda física de água (vazamentos nas ruas, por exemplo), contratando empresas privadas especializadas para identificar a melhor forma de reduzir o desperdício e também executar as soluções, além de repassar a tecnologia utilizada à empresa de saneamento.

Esses contratos seriam por desempenho e não remuneração fixa. A ideia é estimular o agente privado a entregar o serviço e as metas do contrato. O modelo, diz o texto, ajudaria a driblar um dos maiores problemas associados aos baixos índices de investimento no setor de saneamento: a baixa capacidade dos operadores de se financiar. “Essa limitação está relacionada às condições econômico-financeiras ainda precárias dos operadores, que, por sua vez, se justificam em função da baixa eficiência operacional e de gestão. Ou seja, os altos custos dessas empresas e a baixa capacidade de geração de receitas diminuem a capacidade das operadoras de obter recursos financeiros”, aponta o estudo.

Segundo o documento, das 26 empresas estaduais de saneamento, apenas sete possuem condições adequadas para captação de financiamentos. Com os contratos de desempenho, a concessionária reduziria o aporte de recursos para reduzir as perdas, pois a contratada realizaria os investimentos. A empresa seria paga com a receita extra gerada pela economia com as perdas.

O modelo seria, porém, mas difícil de financiar, acredita Rogerio Pilotto, executivo-sênior de investimentos para infraestrura da IFC. “É difícil porque tem um componente técnico, um risco em relação ao serviço ser prestado pela empresa de engenharia. Um banco normal tem dificuldade de avaliar esse risco porque está acostumado a estudar balanços e não o componente de engenharia.”

Em setembro de 2012, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que oito em cada dez casas brasileiras têm água encanada (84,6%), o equivalente a 51,8 milhões do total de domicílios.

* Publicado originalmente no site Carta Capital.(Carta Capital)
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Países do Caribe buscam financiamento para energia limpa
Por Jewel Fraser

PORT OF SPAIN, 09 de julho de 2013 (IPS) - Quando James Husbands, um empresário de 24 anos, de Barbados começou a considerar a possibilidade de fabricação de aquecedores solares de água já existia , na ilha um protótipo projetado e instalado por um padre anglicano que viveu lá no início dos anos 70.

Uma ONG local fez um estudo de mercado para determinar a viabilidade da produção de aquecedores solares de água. A investigação, juntamente com o fato de que o governo de Barbados havia tributado importações destes produtos de uma empresa australiana, Husbands se convenceu de que era o momento certo para entrar na área.

Husbands, atual diretor da Dinâmica Solar, disse à IPS que o apoio do governo no final dos anos 70 foi crucial para o sucesso de seu empreendimento. Barbados tem atualmente a quinta maior penetração global de aquecedores solares de água por cada 1.000 lares.

Arnaldo Vieira de Carvalho, especialista da Divisão de Energia da Infra-estrutura e Meio Ambiente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), disse à IPS que a América Latina e o Caribe usam energias renováveis em uma proporção muito maior do que qualquer outra região, ainda que boa parte delas sejam hidrelétricas e biocombustíveis. O uso de energia eólica e solar é insignificante.

O BID e seus parceiros patrocinam desde 2009 uma competição de projetos de energia renovável e eficiência energética no Caribe, cujos vencedores recebem até US $ 100.000 em financiamento e suporte técnico. No ano passado foram selecionados oito vencedores.

Entre os critérios que norteiam o concurso IDEAS figura que os projetos vencedores do concurso devem favorecer os pobres, a igualdade de gênero e comunidades indígenas.
Um incentivo adicional para acelerar o ritmo lento de desenvolvimento de energias renováveis, ainda que a região não seja uma fonte importante de emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis, é a onda de desastres naturais devastadores da última década.
Ulric Trotz, vice-diretor e assessor científico do Climate Change Comunidade do Caribe Center (CCCCC), disse à IPS, via e-mail que "eventos climáticos extremos (muitas vezes associados à mudança climática) causaram danos significativos para a região, como o furacão Ivan em 2004, que varreu cerca de 200 por cento do produto interno bruto de Granada ".
"Da mesma forma, uma enchente varreu apenas em 100 anos, em 2005, mais de 60 por cento do produto interno bruto do país, passando de uma posição de crescimento positivo a um verdadeiro crescimento negativo", acrescentou.
Como resultado, os governos do Caribe estão começando a ter uma abordagem mais pró-ativa para promover o desenvolvimento das energias renováveis, o estabelecimento de uma unidade de energia na sede regional da Comunidade do Caribe (CARICOM), que trabalha com o CCCCC.
Trotz disse que a promoção das energias renováveis é importante, porque "ao desviar os custos da importação de combustíveis fósseis, os países (Caribe) de importação terão recursos adicionais resultantes desta economia para destinar para a resistência aos impactos das mudanças climáticas e da vulnerabilidade climática".
A região não está apenas centrada em converter-se às energias renováveis, mas à eficiência energética, disse ele.
"Reunir projetos de energia renovável de toda a região pode ser um catalisador de incentivo aos investimentos, pois isso pode reduzir significativamente os custos de transação e tornar os investimenos mais atraentes", acrescentou.
Com exceção de Trinidad e Tobago, que é produtor de petróleo, o Caribe gasta atualmente por ano bilhões de dólares em importações de combustíveis fósseis.
Em maio, ao visitar Trinidad e Tobago, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, enfatizou a necessidade de reduzir os custos de energia na região e aumentar o uso de fontes renováveis.
"Provavelmente não há nenhum grupo de países em melhor posição para explorar o potencial da energia renovável do que o Caribe", disse ele.
"E sabemos que muitas nações do Caribe pagam três vezes mais pela energia do que nos Estados Unidos ... Estamos trabalhando para isso, com olhos para investir em redes regionais de energia elétrica conectadas para criar economias de escala e economias de escala em energia renovável ", disse ele.
A região também procurou a ajuda de parceiros da União Europeia e lançou o Programa Caribenho de Desenvolvimento de Energias Renováveises (CREDP, sua sigla em Inglês), com o objetivo principal de fortalecer a capacidade dos países do Caribe para mobilizar investidores para realizar a transição de investimentos em energia convencionais em investimentos em energia renovável.
De acordo com Thomas Scheutzlich, CREDP conselheiro sênior desde 2003, a falta de um marco jurídico legal e a falta de propostas bem definidas de projetos financiáveis são barreiras significativas para o desenvolvimento de iniciativas de energia renovável na região.
Scheutzlich é o responsável geral pela implementação do programa CREDP em nome da consultoria alemã Projekt-Consult GmbH, encarregada desta tarefa pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).
A Alemanha contribui com 80 por cento do financiamento da CREDP.
Um problema é que muitos bancos na região duvidam da solidez econômica dos empreendimentos na área de energias renováveis e não são capazes de avaliar os riscos inerentes a estas novas tecnologias, disse Scheutzlich.
A falta de garantias do governo também faz com que os bancos tradicionais relutem em apoiar esses projetos.
No entanto, os bancos regionais e internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento e do Banco de Desenvolvimento do Caribe, "buscam projetos energéticos financiáveis e proporcionam financiamento", disse Scheutzlich.
"Ha´ainda, uma falta geral de compreensão do potencial das fontes autóctonas de energia e eficiência energética por parte de toda a sociedade. Como resultado, os governos não podem promover o que eles não entendem, e as empresas de serviços públicos não promovem o que eles mesmos não estão produzindo ", acrescentou.
As empresas de serviço público na região geralmente têm o monopólio universal na geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade. "Este é o seu modelo de negócio tradicional e só se desviará deste modelo" se acharem que é "economicamente atrativo", disse.
Mas, apesar da lentidão com que ocorrem as mudanças no Caribe, nos últimos anos a paisagem de energia sofreu uma virada positiva na medida em que " os procesos de mudança se aceleraram y cobraram certo dinamismo, e isto é exatamentelo que o CREDP deseja”.
IPS/ Tradução ARUANDA AMBIENTE
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Campanha por marco regulatório quer 'liberdade de expressão' como lema

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação prepara campanha nacional para mostrar que avanço da liberdade de expressão no país depende de novo marco regulatório. Idéia é "tirar essa bandeira da direita". Representantes de PT, PCdoB, PSOL e PSB garantem apoio à iniciativa. Governo federal prepara consulta pública sobre o tema.
Marcel Gomes

São Paulo - Os que defendem um novo marco regulatório para as comunicações no Brasil, em discussão no governo federal desde a época do presidente Lula, costumam ser tratados na grande mídia como vilões que atentam contra a liberdade de expressão no país. Mas essa crítica terá resposta.
Para mostrar que novas regras para concessões de radiodifusão - um dos pontos do novo marco - podem servir justamente para o contrário, ou seja, ampliar a liberdade de expressão, uma série de organizações da sociedade civil lançará uma campanha com vistas a incentivar o debate entre os brasileiros.
A coordenação caberá ao Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que promoveu seminário sobre o tema na última sexta-feira (4), em São Paulo.
"A comunicação ainda não é compreendida como direito, o que já ocorre com moradia ou com comida. O movimento social precisa falar sobre isso, dialogar com o trabalhador rural, a dona de casa, o metalúrgico", diz Rosane Bertotti, coordenadora do FNDC e secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A campanha deve reunir ações na internet e nas redes sociais, lançamento de vídeos e cartilha, protestos nas ruas e atividades de divulgação junto à outras entidades que se interessem em se aprofundar na discussão. A primeira mobilização pública deve ocorrer em junho, durante as atividades paralelas à Rio+20, no Rio de Janeiro.
Ao lançar a campanha agora, os organizadores pretendem aproveitar o momento político: a Casa Civil do governo Dilma deve realizar em breve uma consulta pública sobre pontos específicos do marco regulatório. Seria o primeiro gesto concreto da atual administração em relação ao tema.
Mas o não há o que celebrar. Segundo João Brant, do coletivo Intervozes, que integra do FNDC, a consulta é um passo para trás, pois o governo Lula já havia deixado pronto um projeto de marco regulatório - que não foi apresentado oficialmente.
"Não podemos mais deixar de dialogar com o conjunto da sociedade e esperar o governo. Essa campanha precisa mostrar que queremos para o Brasil o que todas as democracias ocidentais já têm, ou seja, regulação que garanta equilíbrio na cobertura e que amplie, e não restrinja, a liberdade", disse ele, lembrando que a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) ocorreu em dezembro de 2009, e até hoje a maioria de suas propostas aprovadas não saiu do papel.
Apoio político
O seminário do FNDC recebeu representantes de diversos partidos políticos. Miro Borges, do PCdoB e do Centro Barão de Itararé, apontou que a campanha ocorrerá em um momento favorável, quando o governo Dilma "deixou de ser pautado pela mídia e a está pautando, com o enfrentamento do setor financeiro".
Ele lembrou ainda que a credibilidade da grande mídia está arranhada, com o envolvimento da revista Veja com o escândalo de Carlinhos Cachoeira. "Pegaram o Bob Civita", ironizou Borges, referindo-se ao publisher de Veja e dono da editora Abril, Roberto Civita.
Ao contrário de Borges, o presidente do PSOL, o deputado federal Ivan Valente, não se disse otimista com o momento político. Citando o episódio da votação do novo Código Florestal, ele acusou o governo federal de "jogar recuado em um tema de grande apelo como a sutentabilidade". Se o marco regulatório gera menor mobilização, por que esperar que o governo atuará na ofensiva? - questionou.
"A luta da comunicação é difícil porque não é encampada pelos movimentos e sindicatos. E precisaremos de muita mobilização para mexer nessa estrutura", afirmou Valente. Ele lembrou que o PSOL deu entrada no Supremo Tribunal Federal a uma ação direta de inconstitucionalidade para requerer à corte que determine ao Congresso a regulamentação de artigos constitucionais relativos à comunicação social - mas ainda não houve decisão.
Além de PCdoB e PSOL, também o PT garantiu apoio à campanha. Quem confirma é o deputado federal André Vargas, secretário de comunicação da legenda. Ele afirmou que o partido "tensiona" o governo para que o debate sobre o marco regulatório seja aprofundado.
"Mas não se faz política fora da correlação de força", ponderou ele, alertando que a discussão no Congresso, dentro da base do governo, é mais complicada. Por isso, o parlamentar também acredita que a campanha não deve "esperar" o governo adotar inciativas, e que a "sociedade tem de tomar o debate para si".
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentcom), também defendeu a mobilização popular como estratégia para o sucesso da campanha.
"Eu tenho ojeriza à esse termo 'correlação de força'. Não quero ter isso como referência, porque correlação de força a gente constrói com militância. Posso estar sendo utópica, mas eu quero morrer sonhando", declarou Erundina.
Como estratégia de ação, ela defendeu que a campanha tenha como um de seus objetivos a construção de um "projeto de lei estruturante de iniciativa popular", tratando da proposta de um marco regulatório para o sistema de comunicação social.
"Seria um passo além, coletaríamos assinaturas e aí teríamos força e voz junto ao governo", propôs ela. Essa sugestão ainda está em discussão entre as organizações que participam da campanha.

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Rio + 20 - Conferência deve apresentar alternativa ao PIB

O secretário-executivo da Rio+20, o embaixador francês Brice Lalonde, afirmou ontem que a conferência deve produzir um mandado para que a ONU apresente, em um prazo de três anos, um indicador alternativo ao PIB, criticado por não contabilizar os impactos ambientais da produção de riqueza.
A reportagem é de Cláudio Angelo e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 23-03-2012.
A reforma da medida da riqueza das nações tem sido uma das principais pautas da conferência mundial para o desenvolvimento sustentável, que será realizada em junho no Rio de Janeiro.
Falando ontem a jornalistas durante o Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, Lalonde disse duvidar que do Rio já possa sair o novo indicador. "Não tenho certeza de que conseguiremos criar em três meses, porque já houve muita discussão em 30 anos", afirmou ele, que é responsável por toda a parte logística da conferência.
O secretário-executivo também mandou um recado aos líderes dos países que se preparam para vir à cúpula: "Não venham ao Rio se vocês não tiverem compromissos".
Ele disse esperar que a conferência produza um "compêndio de compromissos", entre os quais objetivos de desenvolvimento sustentável nas áreas de água, energia, comida, oceanos e "solidariedade social" (algo como a disseminação de programas de transferência de renda como o Bolsa Família).

"Espero que a declaração final da conferência seja seguida de um anexo, que contenha um plano de ação", disse Lalonde.

A exemplo do que ex-premiê norueguesa Gro Brundtland afirmou, Lalonde disse crer que as ações na área de eficiência energética, capazes de ajudar a reduzir emissões, possam ser um dos resultados mais promissores da conferência.

Fonte: UNISINOS/ARUANDA AMBIENTE 23.03.2012
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Em 30 anos Brasil pode ter problema de abastecimento de água

Se o consumo de água continuar no ritmo atual, em 30 anos o Brasil terá problemas sérios de abastecimento, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste. O alerta às vésperas do Dia Mundial da Água, celebrado nesta quinta-feira, é do professor e presidente do Instituto Internacional de Ecologia (IEE), José Galizia Tundisi. "Em algumas cidades já há uso competitivo da água a ponto de abastecimento público e produção de alimentos concorrerem pelo recurso."

A reportagem é de Sabrina Bevilacqua e publicada pelo homepage Sustentabilidade do portal Terra, 21-03-2012.

Segundo Tundisi, apesar de o Brasil ter 12% da água doce do mundo, a crescente demanda provoca aumento da poluição de rios, lagos e represas e pressiona fortemente os recursos hídricos. Ele salienta que a água está distribuída de forma desigual pelo País. Regiões como São Paulo, por exemplo, têm acúmulo de população e pouca reserva de água. Já no Amazonas, ocorre o inverso. Além disso, há a questão da exploração dos aquíferos, pois muitos não são bem explorados.

Para Tundisi com o aumento da pressão sobre os recursos hídricos, a resposta da natureza será mais lenta, provocando em determinados períodos escassez. "Tudo na água se resume a uma relação de disponibilidade e demanda. Se continuarmos utilizando acima da disponibilidade, as reservas vão diminuir e coloraremos o abastecimento em risco."

Se no caso das águas superficiais a situação é complicada, a área de aquíferos também precisa de mais cautela. O professor critica o modo como as águas subterrâneas estão sendo exploradas no País. "Aquíferos estão sendo utilizados de forma indiscriminada, a recuperação não está acompanhando a demanda. Os recursos subterrâneos deveriam estar protegidos para serem utilizados como reservas para o futuro." Ele lembra que, para piorar, a retirada de cobertura vegetal e impermeabilização dos solos, prejudicam a recarga e o ciclo natural demora mais que o normal.

Para Tundisi, falta ao País uma cultura de gestão de água integrada e nacional. Ele afirma que isso ocorre de forma setorial, com políticas locais, enquanto deveria ser nacional e integrada. "Existem boas iniciativas no Brasil, mas são todas pontuais e localizadas. Se fossem mais amplas, teríamos resultados mais efetivos."

O especialista defende a gestão por bacia hidrográfica, respeitando as características específicas de cada uma e da região em que estão. "É preciso entender como cada bacia funciona, relacionar disponibilidade e demanda, analisar fontes de poluição, ter um banco de dados regional. Assim é possível fazer uma gestão sistêmica da água." Segundo Tundisi, já existem comitês de bacias, mas eles ainda estão em fase de implantação. "Já está tudo mapeado, mas aqui as coisas são lentas."

O especialista diz ser necessário mudar a visão mais imediatista dos governantes por uma que contenha uma estratégia de futuro. O professor adverte que o modelo atual de gestão do meio ambiente está relacionado a um tipo de economia, na qual o capital natural não está inserido. "Amazônia tem um grande potencial hidrelétrico, mas não adianta encher a região de usinas. Isso significa que estamos trocando evolução natural por economia. Precisa haver um equilíbrio, pois os efeitos podem ser irreversíveis. O capital natural é algo explorável, mas dentro de limites."

José Galizia Tundisi - 22.03.2012
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Professor Aziz Ab'Saber

Presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP).

Nascido em São Luís do Paraitinga, em 1924, Ab'Saber foi autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos e considerado referência da geografia em todo o mundo. É autor de estudos e teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil.Foi presidente da SBPC de 1993 a 1995 e desenvolveu trabalhos no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) até ontem.

O acadêmico era um grande entusiasta de que os jovens viajassem para conhecer o Brasil e assim pudessem tomar decisões sobre questões nacionais. A primeira atividade de Ab’Saber como aluno da Universidade de São Paulo foi uma excursão passou por Sorocaba, Itu, Salto, Campinas e retornou a São Paulo, em 1940. Ab’Saber afirmava que a partir daquela viagem, decidiu ser geógrafo.
Amazônia
Suas pesquisas sobre a Amazônia foram fundamentais para o que se convencionou chamar de a “Teoria dos Refúgios e Redutos”. Segundo essa teoria, durante a última glaciação, a Amazônia teria se reduzido a pequenas reservas.
Aziz também foi consultor ambiental do Partido dos Trabalhadores (PT), tornando-se próximo ao ex-presidente Lula. Nos últimos anos, no entanto, passou a criticar a postura do governo federal em relação ao Meio Ambiente, criticando questões como a transposição do Rio São Francisco, e o novo código Florestal. Na reunião da SBPC de 2010, em Natal foi combativo em relação ao novo Código Florestal, chegando a defender a criação do Código da Biodiversidade para contemplar a preservação das espécies animais e vegetais.

Ao longo da carreira, Ab’Saber recebeu diversos prêmios como o Prêmio Jabuti em Ciências Humanas (1997 e 2005), e em Ciências Exatas (2007); o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia (1999), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia; a Medalha de Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Academia Brasileira de Ciências; e o Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente (2001).

Ab'Saber entregou ontem, o último capítulo de seu livro, “Leituras indispensáveis”, onde tecia comentários sobre artigos que considerava excelentes para a formação humana dos jovens. Nele Aziz fazia uma homenagem ao trabalho dos primeiros geógrafos no interior do Brasil, como José Veríssimo da Costa Pereira e Carlos Miguel, e às primeiras expedições de Candido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon (1865 a 1958). O terceiro volume do livro será lançado na reunião anual da SBPC que ocorre em julho em São Luís.
O Professor Aziz faleceu nesta sexta feira, 16 de março de 2012.
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Brasil vai sediar conferência ambiental 20 anos depois da Eco-92

O Brasil vai sediar em 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, já batizada de Rio+20, em referência a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, cidade que deve receber novamente o evento.

A conferência foi aprovada em dezembro pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O encontro havia sido proposto em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A idéia é avaliar e renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92. A Rio+20 também discutirá a contribuição da economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza.

Outra tema na pauta da conferência será o debate sobre a estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. O modelo de consenso, que só permite decisões com a aprovação de todos os países, foi colocado em xeque na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, que terminou sem acordo por divergências entre os países ricos e em desenvolvimento sobre as ações necessárias para enfrentar o aquecimento global.

Agência Brasil, 04.01.10


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Estudo vê risco de colapso de água em SP

Estado deve inaugurar no ano que vem um reservatório em Suzano para ampliar a oferta de água na Grande São Paulo.

Principais causas apontadas pela queda na água disponível são superexploração e degradação das represas, causada pelo assoreamento.

Em cinco anos, a capacidade de abastecimento de água na Grande São Paulo caiu 5.100 litros por segundo, perda que representa volume suficiente para abastecer 2,5 milhões de pessoas por dia. Cada morador da Grande São Paulo consumiu em 2008, em média, 62.780 litros de água tratada.

A conclusão é de um estudo realizado pela Fusp (Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo), que aponta "iminência de colapso de abastecimento", levando em conta ainda que a demanda, segundo a Secretaria Estadual de Energia e Saneamento, vem subindo 500 litros por segundo ao ano.

Entre 2002 e 2007, segundo o estudo, concluído em 2008, a chamada disponibilidade hídrica -que inclui água para abastecimento público, industrial e irrigação- caiu de 72,9 mil para 67,8 mil litros por segundo.

A condição é especialmente preocupante, conforme avaliação da secretária Dilma Pena (Energia e Saneamento), porque a Grande São Paulo, que já "importa" da bacia do rio Piracicaba metade da água que utiliza, praticamente esgotou seus próprios mananciais.
"Nossa disponibilidade está quase totalmente comprometida. Os mananciais foram ou estão sendo todo aproveitados, estão se esgotando", diz Dilma.

Novo sistema
Para ampliar o sistema de abastecimento, deve ser inaugurado em 2010 o sistema de Taiaçupeba, em Suzano, que ampliará a oferta em mais 5.000 litros por segundo -suficiente só para recuperar as perdas acumuladas desde 2002.
Também está em estudo o aproveitamento do sistema São Lourenço, na região de Juquitiba, com potencial para 4.700 litros por segundo. Explorado esse sistema, acabam as opções.
As causas apontadas pela queda na água disponível vão desde a superexploração quanto à degradação das represas, causada principalmente pelo assoreamento.
Cada habitante da Grande SP tem até 201 mil litros de água por ano, menos de um décimo dos 2,5 milhões usados como referência pela Organização Mundial da Saúde para regiões autossustentáveis. O Ceará tem 2,2 milhões de litros por ano, a Paraíba, 1,3 milhão de litros por ano e o Rio de Janeiro, 2,18 milhões de litros por ano.
Embora haja hoje um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, trata-se de uma equação frágil, pois uma seca prolongada levará à falta de água, avalia o superintendente de produção da Região Metropolitana da Sabesp, Hélio Castro.
"É bastante preocupante a situação por causa da baixa disponibilidade. Já trazemos de outra bacia [do Piracicaba] 50% da água. Não tem jeito, dois anos de seca já afetariam [o abastecimento]", diz Castro.
Para ele, caso não haja problemas, o sistema atual deve suportar até dez anos. "Mas até lá teremos disputa pela água com outras regiões. Teremos percalços políticos a enfrentar", diz o superintendente.
Castro fala em política porque já em 2014 a Grande SP, que importa água da bacia do Piracicaba, terá que renovar a outorga (espécie de acordo que divide a água do Piracicaba) e a região de Campinas já convive com escassez que afeta seu crescimento econômico.
"Já tivemos indústrias que vieram sondar, mas as grandes consumidoras de água têm problemas para se instalar aqui", diz Dalto Fávero Brochi, secretário-executivo do consórcio de cidades da bacia do Piracicaba.
O Estado atua em três frentes para adiar o possível "colapso" alertado pela Fusp: combater perdas por vazamentos na rede e outras causas -que caíram de 30,1% (1999) para 28,5% (2008)-, incentivar a economia e buscar novas fontes a até 300 km de distância.
A Secretaria de Saneamento e Energia contratou a empresa Cobrape, por R$ 3 milhões, para avaliar a possibilidade de captar água do Vale do Ribeira, das represas de Jurumirim (rio Paranapanema) e Barra Bonita (Tietê) e do aquífero Guarani, a maior reserva subterrânea do planeta, a partir de Botucatu.
A ambientalista Marussia Whately, coordenadora do programa de mananciais do ISA (Instituto Socioambiental), defende que, antes de qualquer nova obra, a Sabesp combata as perdas na rede de distribuição.
Das perdas, de acordo com a Sabesp, 63% referem-se aos vazamentos, enquanto o restante é de submedição e fraudes.

Folha de São Paulo, 22.03.09

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Fórum Mundial da Água
Fracassa tentativa de declarar a Água um "direito humano"

A proposta de vários países de declarar o acesso à água como um "direito humano", no Fórum Mundial da Água (FMA) de Istambul, fracassou neste sábado em razão da falta de consenso entre as delegações e a pressão de alguns Estados contrários.

A falta de apoio impediu que a iniciativa de Bolívia, Cuba, Equador, Uruguai e Venezuela, à qual se somaram outras nações como Espanha, Holanda e Alemanha, fosse reconhecida na declaração ministerial que fechará o fórum no domingo.

"Não foi possível um consenso sobre o tema da água como direito humano", anunciou hoje a presidente do processo político do fórum, Sumru Noyan.

Noyan justificou a decisão da cúpula ministerial de não incluir este direito no fato de "não haver documentos vinculativos da ONU que reconheçam o direito humano à água".

No domingo, será divulgado o documento ministerial que informará se a água será reconhecida como um "direito básico" ou uma "necessidade básica", duas referências com menos implicações jurídico-políticas e também não vinculativos para os Estados signatários.

"A declaração ministerial do FMA só foi estipulada quando alguns Estados se asseguraram de que não teriam obrigações vinculativas. O tema de água é importante demais para ser deixado sem um processo que preste contas", criticou o presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel d'Decoto Brockmann, em comunicado dirigido ao fórum.

Fontes ligadas às negociações explicaram que a recusa partiu do Brasil e dos Estados Unidos, o que bloqueou o debate.
Outras fontes internas do fórum assinalaram à Agência Efe que Turquia e França também se alinharam com esta postura.
Já o senador boliviano Omar Fernández disse que parlamentares de todos os países da América do Sul assinaram uma declaração na qual reconhecem o acesso básico à água e aos serviços sanitários como um "direito humano" e se comprometem a aplicá-lo nas leis nacionais.

"O que vemos com preocupação no sul é que os Governos progressistas, apesar de seu discurso a favor da água como direito humano, não conseguiram quebrar as estruturas herdadas de anteriores Governos neoliberais", criticou o também boliviano Oscar Olivera, porta-voz da Coordenadoria de Água de Cochabamba.

Representantes da sociedade civil e parlamentares de aproximadamente 70 países - principalmente América Latina e África - pediram hoje o fim do Fórum Mundial da Água como está concebido, ao considerá-lo carente de democracia e transparência.

Por isso, solicitaram que o próximo encontro sobre o tema seja organizado pela ONU, e não pelo Conselho Mundial da Água (CMA), uma instituição privada.

Em seu comunicado, D'Decoto também criticou que "a orientação do fórum está profundamente influenciada pelas companhias privadas de água".

O presidente do CMA, Loïc Fauchon, respondeu a estas críticas dizendo que "é o mesmo 'choro' há 12 anos, porque algumas pessoas não estão felizes com o sucesso do fórum".

"A ONU não quer organizar este tipo de encontro. Não quer fazer isso hoje e não vai querer amanhã. Se este fórum fosse organizado pela ONU perderia sua originalidade, pois estaria aberto somente à participação dos países-membros e não a toda a sociedade, como agora", acrescentou.

O secretário-geral da quinta edição do FMA, Oktay Tabasaran, comemorou o resultado do encontro, que durante uma semana reuniu cerca de 25 mil participantes e mais de mil jornalistas.

"Os participantes estão muito contentes pelos contatos comerciais que puderam fazer", acrescentou.
Esta lógica comercial foi criticada hoje no Fórum Alternativo, realizado de forma paralela ao oficial.
"A humanidade deve recuperar essa visão originária de que a água não tem proprietário, que é um bem comum da humanidade, como o ar ou, inclusive, a Amazônia", opinou Óscar Olivera em entrevista à agência Efe.

EFE - 21.03.09

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Energia limpa requer US$ 500bi anuais até 2030


Para que a emissão de gases poluentes na atmosfera não atinja um nível “insustentável”, segundo cientistas, serão necessários investimentos anuais de pelo menos U$515 bilhões até 2030 – este valor é equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial . Os dados são do relatório divulgado no dia 29/01 no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça.

 

O documento “Green Investing: Towards a Clean Energy Infraestructure” (Investimento verde: em direção a uma infraestrutura de energia limpa) explica que a geração de energia é responsável por mais de 60% do CO2 emitido na atmosfera todos os anos. Apesar desses dados, o relatório também identifica a expansão em larga escala de fontes de energia renováveis como a energia eólica onshore e offshore, a solar fotovoltaica e fototérmica, etanol e outros biocombustíveis, além de energia geotérmica.

Mesmo com a turbulência econômica no ano de 2008, as 90 maiores empresas de energia limpa do mundo tiveram um retorno de 10% dos investimentos realizados. Outra notícia a favor das renováveis é de que os investimentos nas fontes limpas aumentou de U$30 bilhões em 2004 para mais de U$140 billhões em 2008.

Além disso, o relatório informa que o uso de energias limpas se diversificou geograficamente. Nos países em desenvolvimento, o investimento em 2007 chegou a US$26 bilhões, quando em 2004 foi de US$1,8 bilhões.

O documento aponta a eficiência energética, as smart grids, a captura e a armazenagem de carbono e a conservação de energia como peças-chave para a que o mundo passe a apostar nas energias limpas.

Lumiere - 10.02.08

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Biota e políticas públicas

Fapesp- O Programa Biota-FAPESP acaba de dar origem a mais uma aplicação de política pública para conservação da biodiversidade.

Os dados da primeira fase do programa serviram de base para a elaboração de um Ato Normativo do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), que estabelece as prioridades de atuação do Ministério Público Estadual no que diz respeito à identificação e repreensão das atividades causadoras de degradação ambiental no Estado de São Paulo.
O documento utilizou resultados científicos obtidos no âmbito do Biota-FAPESP para definir as áreas prioritárias para proteção e restauração em seis núcleos regionais do grupo: Paraíba do Sul, Vale do Ribeira, Baixada Santista, Litoral Norte, Ribeirão Preto e Pontal do Paranapanema.

Os resultados de pesquisas que originaram essa nova aplicação estão reunidos no livro Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade do Estado de São Paulo, lançado em novembro.

A obra, lançada pela FAPESP em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, apresenta e discute 27 mapas temáticos e três mapas-síntese elaborados durante uma série de workshops que, em 18 meses, reuniu biólogos, agrônomos, engenheiros florestais e outros especialistas.

“Elaborado após uma reunião com a equipe do Biota, o Ato Normativo de número 565 define uma homogeneização das ações ambientais nas regiões do território paulista controladas pelo Ministério Público Estadual”, disse Ricardo Ribeiro Rodrigues, coordenador do Biota-FAPESP, à Agência FAPESP.

“Trata-se de uma espécie de norma interna que orientará as linhas de atuação do Ministério Público para a conservação e restauração da biodiversidade, o que inclui ações de caráter punitivo. Essa aplicação, no entanto, também expressa o interesse dos promotores públicos pela futura sustentação científica de suas decisões legais”, explicou o professor titular do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP)

Os mapas temáticos permitem a definição de estratégias para a conservação da biodiversidade remanescente no território paulista e para a restauração dos corredores ecológicos interligando os fragmentos naturais na paisagem. “Dos seis núcleos regionais do Gaema, pelo menos quatro tiveram suas prioridades de atuação baseadas nos resultados indicados no livro”, disse Rodrigues.

De diretrizes a leis

Entre as demais aplicações dos mapas produzidos pelo Biota para a orientação de políticas públicas estão o fornecimento de uma ferramenta à Secretaria de Agricultura para o zoneamento agroambiental para o setor sucroalcooleiro e uma resolução da Secretaria do Meio Ambiente que determinou que a autorização para supressão de vegetação nativa em território paulista deve se basear no mapa Áreas Prioritárias para Incremento para Conectividade.

Outros três mapas temáticos elaborados com dados obtidos no âmbito do Biota-FAPESP também foram incorporados para subsidiar ações de planejamento, fiscalização e recuperação da biodiversidade pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo.

O programa também fechou uma parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para desenvolver ferramentas que garantam a qualidade dos dados gerados pelos sistemas de monitoramento do sistema aquático paulista.

“Os resultados do Biota já deram origem a uma integração com o Poder Executivo, por meio das resoluções elaboradas pelas secretarias estaduais, e, a partir de agora, temos uma atuação importante junto ao Judiciário, por meio do Ministério Público. O que falta é incentivarmos uma parceria com o Legislativo, para que possamos começar a estudar a criação de leis com base nas diretrizes para conservação e restauração da biodiversidade apontadas pelo Biota. Estamos trabalhando para isso”, contou Rodrigues.

Fapesp - 10.02.09

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Poluição vai matar 7 mil pessoas em SP em 2009
Roberto do Nascimento
A conta é simples, mas não faz parte de nenhuma planilha econômica na hora de decidir como produzir: a poluição já causa 19 mortes por dia em São Paulo. Ao longo deste ano serão 6.935. O professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo quer incluir essa questão, da saúde, na agenda ambiental do País. Para tanto, coordena o recém-criado Instituto Nacional de Análise de Risco Ambiental. "O objetivo é fornecer informações sobre quem está produzindo a poluição, qual é a dose que a gente está recebendo nos mais diversos cenários, quais são os efeitos, qual é o custo disso", afirma. "Os dados fornecerão instrumentos para que políticas públicas sejam efetuadas com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes."
Saldiva entende que uma maneira importante de provocar alguma alteração no nível de degradação ambiental é demonstrando os custos futuros da poluição, principalmente aqueles que afetam a saúde humana. Para ele, as decisões tomadas hoje sobre as opções de combustíveis estão muito mais baseadas no custo do processo operacional do que nas consequências. "A saúde humana é o lado fraco desse processo", comenta.
Como vai cuidar da poluição atmosférica, o instituto deve analisar três cenários: urbano, agroindústria, e biocombustíveis. "O valor de um combustível vai além do custo de produção, processamento e distribuição. Fenômenos como aquecimento global e poluição atmosférica vão agregar ou subtrair valor de um combustível", afirma.
Entre os projetos já em andamento estão um ambiente com ar limpo para analisar a melhora na condição de pacientes doentes. Haverá ainda um concentrador de poluentes atmosféricos no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, que irá simular dias de poluição excessiva.
No Hospital Universitário da USP, serão analisadas 400 gestantes, com diferentes perfis, fumantes e não-fumantes, que moram próximas ou distantes da poluição. As mulheres serão acompanhadas por todo o período de gestação e seus filhos, até os 3 anos de idade. O objetivo é analisar distúrbios como o autismo, baixo peso e obesidade, entre outros problemas.
O instituto tem ainda um programa para estudantes de ensino fundamental. Já há experiências nessa área em cidades como Cubatão e São José dos Campos, ambas em São Paulo. "Mostramos aos alunos que as plantas sofrem mutações por causa da poluição e essa alteração bate com o aumento da taxa de câncer na região, no caso, São José dos Campos", informa.
Na exposição de motivos da criação do instituto, Saldiva afirma que "o risco para a saúde humana é inevitável quando novos processos industriais são implantados ou em diferentes estágios da produção de combustíveis". Por isso, o importante é escolher entre as opções de menor impacto . "O futuro do mercado depende da sua capacidade de suprir os desejos do homem por fontes que assegurem estabilidade climática, o menor dano possível à saúde e que possa levar a uma sociedade com menor iniqüidade. Em outras palavras, os preços futuros dos novos combustíveis e de alguns produtos em breve dependerão não só de custos de exploração, produção, refinamento e distribuição, mas também de valores tais como sustentabilidade e baixo risco para a saúde e o meio ambiente."
O estudo deve determinar o risco relativo entre combustíveis fósseis e biocombustíveis no que se refere a emissões atmosféricas utilizando dois poluentes como medida de toxicidade: partículas atmosféricas e ozônio. A comparação das emissões dos biocombustíveis, em termos de poluentes diretos e potencial de formação de ozônio, é um tema importante para o País e gera interesse no mundo todo. Em alguns casos como o do etanol, metrópoles brasileiras são um "laboratório natural" para essa abordagem. No caso do biodiesel, a decisão governamental de implantar tal combustível em grande escala indica a necessidade de aferir sua toxicidade, especialmente com relação à potencial formação de ozônio.
A proposta leva em conta algumas situações relevantes como emissões resultantes de queima da cana, poluição urbana de São Paulo e emissões de diesel, biodiesel, etanol e gasolina de veículos. A quantificação de efeitos será através de estudos epidemiológicos, exposição controlada em humanos, estudos em animais e modelos toxicológicos in vitro.
O diesel é de longe o grande vilão da saúde em São Paulo. Além de altamente poluente, responde ainda por 32,6% de gases que causam o aquecimento global na cidade de São Paulo. Enquanto a gasolina e outros combustíveis usados pela frota paulistana de 6 milhões de veículos emite anualmente 3,83 milhões de toneladas de dióxido de carbono ou seu equivalente em outros gases estufa, o diesel, com uma frota de apenas 400 mil veículos emite 3,5 milhões de toneladas.
Saldiva calcula que os cerca de 18 mil ônibus que passaram a receber diesel com 50 partes por milhão de enxofre (eram 500 ppm até 31 de dezembro) vão contribuir com uma redução de 0,45% na poluição paulistana. Ele reconhece que o impacto favorável nos corredores de ônibus e no entorno será importante, mas no conjunto da cidade ainda representa muito pouco. Sem a tecnologia adequada, a redução de emissão nesses ônibus será de apenas 10%.
A pesquisa, chamada de Análise Integrada de Risco Ambiental, conta com verba de R$ 7,2 milhões, provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estrado de São Paulo (Fapesp).
27.01.09

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Perda de biodiversidade ameaça medicina

O mundo corre o risco de perder novos e efetivos medicamentos para o tratamento da osteoporose, câncer e insuficiência hepática, entre outras doenças, se não se atua com urgência para conservar a biodiversidade, afirmou hoje o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Achim Steiner fez esse alerta no lançamento de um livro médico que sustenta que os organismos da Terra oferecem uma grande variedade de compostos químicos naturais com os quais os cientistas poderiam desenvolver novas e efetivas medicinas.
Espécies de animais como rãs, ursos, tubarões ou caranguejos, todas em perigo de extinção, poderiam ser fontes importantes de substâncias para aliviar ou curar doenças como úlceras, cálculos biliares, doenças hepáticas e até o HIV-AIDS.
Steiner chamou especial atenção ao que ocorre com a biodiversidade, e solicitou que se ensine a interdependência entre a variedade das espécies, as economias e a vida humana.
Todas as pessoas, especialmente os pobres do meio rural, dependem da biodiversidade para seu alimento, combustível, moradia, medicamentos e sustento. A menos que possamos deter o nível de rápida extinção, que atualmente se vê acelerado pela mudança climática, a perda de biodiversidade porá a sério perigo nossas expectativas de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para o ano 2015, disse Kemal Dervis, Administrador do PNUD.
O livro é resultado do trabalho de mais de cem cientistas dirigidos pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Publicação: Sustaining Life,How Human Health Depends on Biodiversity

ONU - 16.10.08

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Desmatamento cresce 600% em um ano na fronteira do Brasil com a Bolívia

O desmatamento em algumas regiões do Estado de Rondônia virou escândalo nacional, suplantando até os índices tradicionalmente recordistas de Mato Grosso.
Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostram que na região da fronteira de Rondônia com a Bolívia, que vai dos municípios de Guajará-Mirim a Costa Marques, a derrubada de floresta cresceu 600% entre setembro de 2006 e o mesmo período deste ano.

Pelas imagens do satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece as informações para o sistema Deter, o "arco do
desmatamento" em Rondônia concentra-se em uma região que começa na capital, Porto Velho, passa por Jaciparaná, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, e desemboca em Costa Marques.

Segundo Nanci Maria Rodrigues da Silva, diretora de Fiscalização do Ibama em Rondônia, o Estado tem seis "áreas críticas" em relação ao desmatamento: Nova Mamoré (a 50 quilômetros de Guajará-Mirim), União Bandeirantes, a área da reserva extrativista de Jaciparaná, os projetos de assentamento em Pau D´Arco e Taquara, e a região de Nova Dimensão, próxima a Jacilândia, onde a grilagem de terras é considerada "desenfreada". Ali, a grilagem acontece em uma área de 1,740 milhão de hectares que está sub judice por causa de uma ação civil pública de reintegração de posse por invasão em unidade de conservação.

CAUSAS

Os funcionários do Ibama e dos órgãos estaduais de administração do meio ambiente detectam, preliminarmente, dois problemas que podem ter contribuído para a explosão do desmatamento nas regiões beirando os Rios Mamoré e Madeira.

Eles falam no incremento de atividade econômica provocado pela expectativa da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, prevista para acontecer entre 2008 e 2012, e na transferência da União para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em agosto do ano passado, da responsabilidade pela concessão de autorizações para manejo na floresta. Isso inclui a concessão para as empresas comprarem e venderem madeira.

"Em certas áreas, houve aumento de devastação de mais de 600%. Não estou falando nem de 6% nem de 60%. Estou falando de 600% concentrados principalmente na região da fronteira, onde há uma quantidade considerável de terras públicas com grande cobertura vegetal", disse Nanci ao Estado.

"Antes era só o Ibama que dava a concessão (para o manejo da floresta). O Estado não tem interesse em combater o desmatamento", acrescentou a diretora de Fiscalização. Essa concessão estadual nasceu a partir da legislação de gestão de florestas públicas, aprovada pelo Congresso e que entrou em vigor em agosto de 2006.

"CAMINHO DE CLAREIRAS"

Pelas informações do Deter, como mostrou reportagem do Estado na terça-feira, entre junho e setembro deste ano a derrubada de floresta
aumentou 107% em Mato Grosso, 53% em Rondônia, e 3% no Acre.


Mas, enquanto em Mato Grosso, entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano, a área desmatada cresceu de 211 para 389 quilômetros quadrados (84% mais), em Rondônia, passou de 42 quilômetros quadrados em setembro de 2006 para 295 quilômetros quadrados no mês passado (mais 602%).

As fotos do satélite do Inpe mostram que, nos nove Estados amazônicos (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO), o "arco do desmatamento" forma um "caminho de clareiras" que começa no sul do Pará, passa pelo norte de Tocantins e de Mato Grosso e sobe pela região da fronteira de Rondônia com a Bolívia. O grande problema, diz Nanci Rodrigues, é a grilagem de terras. "Quando o Incra não faz a regularização fundiária, as pessoas agem com a idéia de que a terra é de ninguém", afirmou a diretora do Ibama. No sul de Rondônia, trechos da floresta amazônica já perderam 80% da mata, que foi transformada em pastagem.

O mogno é uma das madeiras mais procuradas. E é retirado, principalmente, das unidades de conservação e das terras indígenas. Mas há também corte seletivo de cedro, maracatiara, faveira, cerejeira, ipê, angelim, capiúba, roxinho e cedro. Segundo o chefe da Polícia Federal local, Sérgio Lúcio Fontes, há uma forte resistência da população às operações de repressão, sob a alegação de que a sobrevivência depende do corte ilegal da madeira. "O problema", diz o delegado da PF, "é que essas pessoas quase sempre são apenas massa de manobra, gente explorada pelos grandes grileiros e fazendeiros da região."

FISCALIZAÇÃO

O problema da transferência das concessões de floresta da União para o Estado de Rondônia concentra-se no fato de que a secretaria estadual não tem pessoal suficiente para fiscalizar as áreas concedidas. O Ibama padece do mesmo problema, mas agora, com a nova política, as áreas concedidas não param de aumentar.
Nos 340 quilômetros entre Guajará-Mirim e Porto Velho, por exemplo, que é uma das estradas por onde é traficada boa parte da madeira, não existe um só posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.
O Ibama tem só 12 fiscais para coibir a devastação de 237,5 mil quilômetros quadrados de área. São 19.798 quilômetros quadrados de área por fiscal. "A sorte é que contamos com a colaboração e a parceria de outros órgãos, como o Exército, a Polícia Federal e o batalhão de florestas do Estado. É pouco, mas, se não atuamos com o Exército, somos corridos. Eles (os traficantes de madeiras, drogas e armas) fazem emboscadas, nos ameaçam o tempo todo e nos isolam."

AS FORMAS DE DESMATE

Grileiros como laranjas: Grileiros usam laranjas para ocupar a região a ser devastada. Esses laranjas fazem o papel de pequenos agricultores ou
posseiros. Depois de conseguir um registro no Incra, formalizando a ocupação da terra, os falsos agricultores ou posseiros também são falsamente expulsos pelos ?fazendeiros?, que tomam posse, cercam a propriedade e promovem a devastação na nova ?fazenda? para a agricultura.
Ataque a assentamentos: O ataque a assentamentos feitos pelo Incra, onde os "jagunços" chegam expulsando os agricultores com algum tipo de documento falso, também é uma das formas de ocupar e desmatar.
Escondendo a clareira: Os madeireiros mantêm de 50 a 100 metros de floresta nas margens de rodovias para dar a idéia de que a mata está intocada, mas abrem enormes clareiras dentro. Foi o que fizeram ao longo da BR-421, que liga Campo Novo a Nova Mamoré, saindo do oeste do Estado e cortando todo o Parque de Guajará-Mirim.
Corte seletivo: Alguns desmatamentos são mais trabalhosos, seletivos, e chamam menos atenção. Em vez de fazer uma devastação a esmo, os madeireiros entram na floresta e escolhem as árvores. Foi o que o Ibama descobriu em Ponta do Caripuna, na reserva indígena de mesmo nome, e também na Floresta Nacional Jamari, na divisa com o município de Cujumbin.

estadao - 22.10.07

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A OMS adverte:
Um terço das doenças em crianças se deve à contaminação ambiental

A OMS divulgou um relatório no qual alerta sobre o perigo a que estão expostos os menores, como as substâncias tóxicas em alimentos ou o chumbo nos solos e assegura que nos países mais pobres do mundo uma em cada cinco crianças não chega a seu quinto aniversário.

A contaminação do ar e da água é a causadora de cerca de um terço de todos os problemas de saúde das crianças no mundo, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde. Entre esses contaminantes figuram substâncias tóxicas nos alimentos, o chumbo nos solos e outros perigos procedentes do meio ambiente.

No relatório, difundido hoje pelo organismo em Genebra, a OMS estima que "mais de 30% da carga mundial de doenças infantis se pode atribuir a fatores ambientais".
O relatório coloca que as crianças têm uma suscetibilidade diferente durante os diferentes períodos de sua vida, e cita como exemplo que engatinhar pelo solo ou colocar as mãos na boca eleva seu nível de exposição a estas substâncias em comparação com os adultos.

A OMS também indica que desde a concepção até a adolescência se produzem processos rápidos de crescimento e desenvolvimento, que podem ser afetados ou sofrer alterações pela exposição a substâncias químicas do ambiente.
Nas regiões mais pobres do mundo, uma em cada cinco crianças nem sequer chega aos 5 anos, devido a doenças relacionadas com a contaminação do meio ambiente, assegura o documento.

"As crianças não são simplesmente adultos pequenos", explicou Yerri Damstra da OMS. "As crianças são especialmente vulneráveis e reagem de forma diferente dos adultos às influências do meio ambiente. E essa reação nos diferentes estágios de seu desenvolvimento pode ter diferentes efeitos".

DPA- 27.07.07

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São Paulo limita queimada em dias de baixa umidade

Quando a umidade relativa do ar estiver menor que 20%, medida das 12h às 17h horas, a queima de palha de cana fica proibida em qualquer horário.

A secretaria estadual de Meio Ambiente de São Paulo restringiu as queimadas para cultivo de cana-de-açúcar a partir desta sexta-feira, 6, para atenuar o impacto de milhares de toneladas de fumaça e fuligem que a cada safra se transformam em um problema de saúde púbica.
A medida vale até o dia 15 de outubro, período em que a umidade relativa do ar é mais baixa, explicou a secretaria.
A resolução, publicada no diário oficial do Estado, estabelece que o horário autorizado para a queima será depois das 20h e antes das 6h. Mas quando a umidade relativa do ar estiver menor que 20%, medida das 12h às 17h horas, a queimada fica proibida em qualquer horário.
O critério será estabelecido por áreas do Estado, onde as plantações de cana ocupam 4,2 milhões de hectares (ou 16% do território paulista). São Paulo produz 60% de açúcar, cana e álcool do Brasil.
No resto do ano, a atividade será suspensa por um período de dois dias consecutivos quando a umidade relativa estiver entre 20% e 30%.

Em junho, a secretaria do Meio Ambiente também estabeleceu que o limite para a queimada será de 2,210 milhões de hectares (cerca de 22.000 quilômetros quadrados), com uma redução de 4% quanto ao limite de 2006.
Efe - RJ - 06.07.07

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COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA

Decreto 50.667 de 30.03.06
Diário Oficial do Estado pág. 17

Diário Oficial do Estado pág. 18

leia sobre este assunto em artigos

17 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
Mensagem do Secretário Geral da ONU - 2007

A desertificação não é só um dos maiores problemas ecológicos mundiais; é também um dos principais obstáculos para a atenção das necessidades básicas do homem nas terras áridas. Põe em risco a saúde e o bem-estar de 1.200 milhões de pessoas em mais de 100 países.

As pessoas mais pobres do mundo são também as que sofrem mais diretamente os efeitos da desertificação. Duas terças partes dos pobres vivem em terras áridas e cerca de metade delas habita onde a degradação ambiental ameaça a produção agrícola da qual depende sua subsistência.

As causas da desertificação são variadas e complexas.
A Convenção das Nações Unidas de Luta Contra a Desertificação, aprovada há 13 anos, tem por objetivo promover a adoção de medidas concretas mediante programas inovadores nos âmbitos local, nacional, subregional e regional e de associações internacionais de apoio.
Não obstante, a degradação do meio ambiente mundial continua a um ritmo acelerado e tem graves repercussões sociais e econômicas. Resulta cada vez mais urgente a eficaz aplicação da Convenção, na qual se integram interesses tanto ambientais como de desenvolvimento.

O tema do Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação deste ano - "A Desertificação e as mudanças climáticas - um desafio mundial" , nos faz lembrar que as mudanças climáticas e a desertificação interagem em diversos níveis. São duas importantes manifestações do mesmo problema.
Além disso, em conjunto, ameaçam seriamente nossa capacidade para alcançar os objetivos de desenvolvimento do milênio em 2015.

As emissões de gases do efeito estufa provocadas por atividades humanas estão dando lugar a que aumente a temperatura em nosso planeta. Já estamos experimentando as conseqüências das mudanças climáticas e seus efeitos adversos se fazem sentir em muitas esferas. Assim mesmo, para as pessoas que vivem em terras áridas, especialmente na África, as alterações das condições meteorológicas ameaçam com o aumento exacerbado da desertificação, da seca e da insegurança alimentar.

Se espera que, em virtude do aquecimento global, siga aumentando o número de fenômenos meteorológicos extremos, tais como secas e chuvas intensas, os quais terão um drástico efeito em solos já debilitados. Por sua vez, esta tendência agravará a desertificação e aumentará a prevalência da pobreza, a migração forçada e a vulnerabilidade ante os conflitos nas zonas afetadas.
Pelo contrário, os esforços planejados de luta contra a desertificação - mediante a recuperação de terras degradadas, a luta contra a perda de solos e o restabelecimento da vegetação - poderiam ajudar a conter as emissões de gases do efeito estufa, fortalecer a resistência dos países afetados e aumentar sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas.

Neste Dia mundial, esforcemo-nos em enfrentar a desertificação e as mudanças climáticas de maneira sinérgica, como parte de um enfoque integrado, dirigido a lograr o desenvolvimento sustentável para todos.

Fonte: ONU - 17 de junho de 2007

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Um quinto da América do Sul pode virar deserto' em 2025

A Amazônia já sofre com os efeitos da seca.
A América do Sul pode perder até um quinto de suas terras produtivas até 2025, alerta a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês).
Segundo a entidade, o processo de desertificação no continente sul-americano tem se intensificado nos últimos anos, principalmente em países de grandes extensões, como a Argentina e o Brasil.
Em entrevista à BBC Brasil, o oficial da unidade de facilitação para América Latina e Caribe da UNCCD, o brasileiro Heitor Matallo, afirma que as mudanças climáticas estão agravando o problema.

“Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente é degradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem, aumentando as áreas desertas", afirma Matallo.
"Por sua vez, essas terras degradadas influenciam no clima, impedindo a formação de chuvas e aumentando ainda mais a desertificação.”
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, dois dias antes do Dia Mundial da ONU para o Combate à Desertificação. Este ano, a campanha aborda a ligação entre a desertificação e o aquecimento global.

Perdas econômicas
Segundo Matallo, 1,5 milhão de km² do território brasileiro são compostos de áreas semi-áridas e abrigam 40 milhões de pessoas. A Argentina, com território de 3 milhões de km², tem 1,75 milhão de Km² cobertos pelo deserto.
O representante da ONU diz que a área semi-árida do nordeste brasileiro, com o clima sujeito a secas freqüentes, vem aumentando com a degradação ambiental e as mudanças climáticas.
“Se até 2050 a temperatura do planeta subir 6 graus, a área semi-árida do nordeste pode aumentar outro milhão de quilômetros quadrados”, estima Matallo.
“Sem falar da Amazônia, que já sofre com os efeitos da seca."

Matallo ainda ressalta que as perdas econômicas provocadas pela desertificação na América Latina chegam a US$ 20 bilhões por ano.
“Só o Brasil perde US$ 5 bilhões em solos que se tornam improdutivos."
A desertificação é um processo que leva à degradação das terras, tornando-as improdutivas.
Pode ser causada pela ação humana, entre outros fatores. O uso incontrolado da terra para cultivos e pastagens, além do desmatamento e pouca irrigação, estão transformando terras férteis em desertos.
A ONU estima que a desertificação atinja cerca de 30% das terras do planeta, que abrigam cerca de 1,2 bilhão de pessoas.

BBC Londres - 15.06.07

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Efeito estufa turbinou furacões de 2005, diz estudo

Um estudo publicado em 27.06.06 por uma dupla de climatologistas oferece dados concretos para aquilo que ambientalistas vinham tentando fazer desde o final do ano passado: culpar o aquecimento global pela temporada de furacões devastadores em 2005.

O trabalho, escrito por Kevin Trenberth e Dennis Shea, do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos EUA, calcula que ações humanas foram a razão de metade do aumento da temperatura média das águas do Atlântico Norte tropical (0,9º C). Foi esse o fenômeno que ofereceu combustível para eventos climáticos intensos, como o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans em setembro do ano passado.
O estudo foi uma resposta dos autores a cientistas que se diziam céticos com relação ao papel térmico das emissões de dióxido de carbono nas temperaturas do Atlântico. Segundo esse grupo, o aquecimento recorde das águas do Atlântico em 2005 se deveu a um fenômeno chamado oscilação multidecadal, um ciclo natural com períodos de 60 a 80 anos, ao final dos quais a água apresenta maior temperatura.
O estudo, publicado no periódico "Geophysical Research Letters" também descarta a hípotese de que efeitos colaterais do El Niño --o superaquecimento das águas equatoriais do Pacífico ao fim de cada ano-- teriam sido os principais vilões térmicos dos furacões.

Subtração

Para derrubar essas teorias, a dupla usou cálculos relativamente simples. "Subtraímos a cota do aquecimento global do aumento da temperatura da superfície oceânica no Atlântico Norte, e com isso isolamos a contribuição da oscilação multidecadal e do El Niño", disse Trenberth à Folha.
O resultado da conta é que o aquecimento global --um produto das emissões de gás carbônico de origem humana-- é responsável por metade (0,45º C) da temperatura extra que as águas do Atlântico tropical registraram em 2005. Efeitos do El Niño ficam com 0,2º C da cota, e a oscilação multidecadal com apenas 0,1º C, na estimativa menos conservadora.
Apesar da aparente simplicidade dos cálculos, os cientistas usaram grande quantidade de dados no estudo. Para definir um padrão de comparação com 2005, recorreram a um histórico de temperaturas oceânicas e dados climatológicos pelo período de 1900 a 1970.
A exemplo de qualquer trabalho que ameace a estratégia do governo norte-americano de atacar evidências contra a culpa humana pelo aquecimento global, o estudo de Trenberth já virou alvo de críticas.
Dessa vez, porém, os ataques parecem ser mais comedidos. "Alguns cientistas de furacão já começaram a fazer críticas, mas eles não me disseram nada sobre as informações no estudo", diz Trenberth. "Eles parecem apenas não gostar do nosso resultado."

Para o climatologista brasileiro Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o trabalho de Trenberth e Shea é "muito relevante" porque é capaz de quantificar os impactos do aquecimento global nos extremos climáticos.
"Eles fizeram simulações do efeito deste quase meio grau centígrado na intensidade do Katrina e chegaram à conclusão de que o vento máximo foi cerca de 7% mais forte", diz Nobre. "As chuvas, ressacas e inundações foram maiores do que se a temperatura do mar não estivesse este antropogênico 0,5º C mais quente."
Trenberth diz esperar que seu estudo ajude a estimular medidas para redução da emissão de dióxido de carbono, mas reverter a tendência de ocorrerem estações de furacões comparáveis à de 2005 será um processo demorado.
"Os oceanos perdem calor muito vagarosamente", explica. "Por isso, o nível do mar e as temperaturas oceânicas devem subir lentamente pelos próximos cem anos, mesmo que se altere todas as emissões dentro de 50 anos."

RAFAEL GARCIA da Folha de S.Paulo - 28.06.06

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PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS ORIENTA USO RACIONAL DA ÁGUA ATÉ 2020

O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, José Machado, coordenou o evento paralelo Água e Biodiversidade em comemoração ao Dia Internacional de Águas na Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica. Machado falou sobre a importância da aprovação do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e lembrou que o Brasil é o primeiro país da América Latina a estabelecer cenários e metas para organizar a gestão dos seus recursos hídricos. O PNRH atende a proposta da Agenda da Cúpula de Joanesburgo, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que os países elaborassem seus planos de gestão até 2005 para reduzir a metade, até 2015, a quantidade de pessoas sem acesso a água potável e ao saneamento básico.
O representante da Secretaria Nacional de Recursos hídricos, Marley de Mendonça, fez uma apresentação detalhada de todas as etapas de construção do Plano e informou que, durante todo o processo de encontros e debates pelo menos 7.000 pessoas estiveram evolvidas neste trabalho.
“O país que detém 12% das reservas de água doce do planeta é o primeiro da América Latina a aprovar um plano de recursos hídricos”, afirmou Machado lembrando que o Brasil pretende cada vez mais colocar a água como uma prioridade na agenda política e ambiental. Ele lembrou que a elaboração das metas e cenários para gestão das águas seguem as orientações das duas conferências nacionais do Meio Ambiente realizadas em 2003 e 2005 que estabeleceu metas para gerenciamento dos recursos hídricos no mundo. O plano, segundo Machado, está divido em quatro volumes que trazem o panorama dos recursos hídricos do Brasil, o cenário para 2020, as diretrizes a serem seguidas e os programas e metas.
O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), foi lançado no mês de janeiro pelo governo federal. Foi elaborado durante dois anos e meio pelos governos federal e locais e membros da sociedade civil e vai nortear as ações o uso racional da água até 2020.
O Plano estabelece diagnósticos e metas, programas de investimento e de educação ambiental baseado na divisão das 12 regiões hidrográficas do Brasil: Amazônia, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Uruguai, Paraná e Paraguai. O plano ainda parte da premissa que a água é um elemento estratégico para a adoção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.
Segundo Marley, da Secretaria de Recursos Hídricos, o documento contém diretrizes que vão balizar as políticas públicas para a melhoria da oferta de água para a população em quantidade e qualidade.

Elza Pires de Campos
Assessoria de Imprensa da ANA Data: 22 de março de 2006

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BRASIL É 34o EM DESEMPENHO AMBIENTAL

O Brasil ocupa a 34ª posição, no mesmo grupo de países como os Estados Unidos, a Rússia e a Venezuela, num índice-piloto criado para medir o desempenho ambiental das nações do planeta. Segundo o levantamento, produzido por pesquisadores da Universidade Columbia e da Universidade Yale, nos Estados Unidos, a Nova Zelândia é o país cujo desempenho ambiental mais se aproxima do ideal.
O estudo, que será apresentado durante o próximo Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, é uma tentativa de quantificar a atuação de cada nação na área ambiental, usando indicadores disponíveis e razoavelmente confiáveis, coisa ainda relativamente escassa nesse campo.
Os pesquisadores também decidiram usar como valores de referência os Objetivos do Milênio das Nações Unidas --índices propostos pela ONU como metas mundiais na área de desenvolvimento sustentável para o século 21. Assim, dentro da "nota" de 0 a 100 atribuída a cada país, cumprir totalmente as metas equivalia ao valor máximo. Alcançar a meta em relação ao acesso a água potável dos Objetivos do Milênio, por exemplo --100% das residências com acesso ao recurso-- equivalia à nota 100 nesse quesito. Cada item tinha um peso diferente.
Dois em um
O índice criado por Esty e seus colegas leva em consideração duas grandes variáveis, que eles batizaram de saúde ambiental e vitalidade de ecossistemas. No primeiro quesito encaixam-se indicadores como mortalidade infantil, poluição do ar e saneamento básico, enquanto o segundo inclui desde consumo de água até a porcentagem de matas protegidas e a emissão de gases-estufa, responsáveis pelo aquecimento global. A falta de dados fez com que o ranking contasse com apenas 133 países, deixando mais de 60 fora da lista.
Depois da Nova Zelândia, os países mais bem-colocados são do norte e centro da Europa: Suécia, Finlândia, República Tcheca, Reino Unido e Áustria. Os cinco últimos, previsivelmente, estão entre os mais pobres da África: Etiópia, Mali, Mauritânia, Chade e Níger. Há uma correlação clara entre renda per capita e posição no ranking, mas alguns países conseguem inverter essa relação em pelo menos alguns quesitos.

Dentro da América Latina, a Costa Rica (15ª), a Colômbia (17ª), o Chile (26ª) e a Argentina (30ª) ficaram à frente do Brasil. Os Estados Unidos ocupam a 28ª posição, principalmente por usarem muitos combustíveis fósseis (cuja queima produz gases-estufa) e por causa da pesca predatória e dos subsídios agrícolas, considerados hoje uma das grandes causas de degradação ambiental.

O Brasil vai relativamente nas áreas de saúde, água, energia e biodiversidade, segundo o levantamento, mas fica devendo em relação à qualidade do ar e ao uso responsável dos recursos naturais. Como o caso brasileiro sugere, os critérios e os dados disponíveis acabam favorecendo países tropicais com abundância de água doce, os quais, além de não sofrerem com a escassez do líquido, também podem usar seus rios como fonte de energia hidrelétrica, que não costuma ser contada como produtora de gases-estufa.

A categoria de uso sustentável de energia é a única em que os países mais pobres do globo têm desempenho bom --em grande parte porque seu consumo energético é tão baixo que quase não chega a ser detectado.

Folha de S.Paulo 24.01.06
Com "The New York Times"

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DESASTRES NATURAIS

“Os Tsunamis mostraram a todos nós, não só a quem estava nas costas do oceano Índico, que somos vulneráveis.
A questão não é se haverá ou não um desastre, mas quando”.


Jan Egeland, Subsecretário Geral para Assuntos Humanitários da ONU.

Em 13 de janeiro de 2005 a ONU declarou que hoje 3 bilhões de pessoas no mundo correm risco de serem vitimadas por catástrofes naturais e ambientais. Isto representaria 43% da população mundial. O terremoto seguido de Tsunami de 26.12.04, até hoje computa mais de 200.000 vitimas mortas e mais de 5.000.000 de vítimas vivas.(fonte EFE).

Após o Tsunami infelizmente já fomos vítimas de outros desastres de enormes proporções como o Katrina, que mostrou ao mundo o descaso do governo americano diante da catástrofe. Primeiro, porque já sabendo da iminência do desastre previsto 15 dias antes, não evacuou a cidade nem tomou nenhuma providência e depois, deixando a população de New Orleans durante vários dias abandonada, sem atendimento, exposta às mais diversas fontes de contaminação, seja pela água, pela falta de higiene, como pelos cadáveres que dividiram por vários dias o mesmo local com os desabrigados, e às demais conseqüências como violência, saques, estupros, só se manifestando e enviando socorro após o protesto e a indignação mundial.

Teremos que conviver com essas notícias cada vez mais freqüentes e àqueles que se encontram em áreas vulneráveis, só resta se preparar e aguardar.

E repetindo Jan Egeland, "a questão não é se haverá ou não um desastre, mas quando"

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GUARAPIRANGA - UMA REPRESA EM PROCESSO PARA A CONDENAÇÃO

A represa Guarapiranga está localizada no município de São Paulo e abastece 3,5 milhões de pessoas da Grande São Paulo (Brasil). Um estudo revela que de 1989 a 2003 ela perdeu 21% da área de reservatório de água e 3,13% de cobertura vegetal. Os efeitos da ocupação urbana através de loteamentos irregulares se caracteriza como uma das principais causas da degradação. A ocupação em áreas de cobertura vegetal, o desmatamento cresceu 1.440 hectares em 14 anos significando 17,9% de supressão da cobertura. Entre os problemas estão a atividade imobiliária, a verticalização das construções existentes e o alto crescimento de adensamento.
Não há dúvidas que o crescimento da cidade de São Paulo, a oferta de serviços públicos melhores comparados com outras cidades e municípios da RMSP e adjacentes, fazem também parte da problemática. É importante ressaltar que estes processos são semelhantes em outras represas localizadas na RMSP.

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MUSEUS, FONTE DE CULTURA E DE CONHECIMENTO

Número de visitantes por ano em distintos museus

Louvre (Paris) 6 milhões
Metropolitan (Nova York) 5 milhões
British Museum (Londres) 5 milhões
MoMa (Nova York) 3 milhões
Prado (Madri) 2 milhões
Ipiranga (São Paulo-Brasil) 350 mil
Imperial (Petropolis-Brasil) 270 mil
Masp (São Paulo-Brasil) 230 mil
Inconfidência (Ouro Preto-Brasil) 100 mil

(fonte Ipsos Word Monitor)

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PESQUISA ARUANDA AMBIENTE
A Aruanda Ambiente realizou, no primeiro quatrimestre de 2005, consultas com associações Não Governamentais brasileiras da área socioambiental sobre as cinco principais temáticas que deveriam ser abordadas e discutidas no biênio 2005/2006.

Resultados

%

Função e Papel da sociedade civil

92

Participação permanente nas políticas públicas

87

Ética e conduta da sociedade civil

86

Organização de coletivos independentes e pró-ativos

79

Organização e capacitação interna da associação civil

63

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ARUANDA AMBIENTE CONCLUI PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
(FAE.2004/2005/2006)

A Aruanda Ambiente concluiu em abril de 2005 o Projeto “Educação Ambiental e Treinamento para Projetistas, Gerenciadores, Gestores Gestores e Comunicadores Ambientais.
O Projeto que contou com financiamento do FEHIDRO e contrapartida do IAPD, teve inicio em abril de 2004 e foi composto por 12 Seminários de 4 horas, 1 Seminário de 8 horas e 4 Cursos de 40 horas. Os Seminários direcionados a Educadores, Empresas e Público em geral foram realizados em municípios da Bacia Hidrográfica Sorocaba Médio Tietê. Os Cursos, direcionados a Educadores, foram realizados na ELIVRE – Escola Livre de Meio Ambiente e Administração no Sitio ARUANDA Campus na zona rural do município de Mairinque.
O Projeto contou com 1206 participantes de 28 dos 34 municípios pertencentes à Bacia.

Em agosto de 2005 inicou o Projeto "Educação Ambiental para Educadores, Funcionários da Saúde e Setor Produtivo", também com financiamento do FEHIDRO e contrapartida do IAPD.
Este Projeto, composto de 21 seminários, destinados e realizados nos municípios pertencentes à Sub-bacia Hidrográfica Billings-Tamanduateí contou com a parceria dos municípios, da Diretoria Estadual de Ensino de Diadema e da Secretaria de Participação e Parcerias da Prefeitura de São Paulo e foi concluído em 16 de março de 2006.
O Projeto contou com 1561 participantes dos municípios pertencentes à Bacia e de outros municípios da Região Metropolitana e Interior do Estado.

(Todos os Projetos, assim como suas denominações, títulos, subtítulos, materiais escritos, gravados e filmados, metodologias, modelos, pesquisas e publicações estão protegidos com reserva de direito autoral)

Atualmente está desenvolvendo, também com recursos do Fehidro, o Projeto Municípios Sustentáveis e Desenvolvimento, cm participação das Prefeituiras de Ribeirão Pirtes e Santo André.

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EUROPA PROIBE A METADE DOS PRODUTOS USADOS NO COMBATE DE PRAGAS NA AGRICULTURA

A partir deste ano (2005), a Europa implementou uma legislação que baniu quase cinqüenta por cento da produção e uso de produtos agroquímicosaté então existentes nos países que formam o bloco. Esses produtos deixarão de existir de forma sistêmica até o ano de 2007. Também a legislação tem como objetivo o controle de resíduos de agroquímicos em produtos agrícolas tanto produzidos na Europa como nos importados de qualquer região ou país.

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ARUANDA Campus e ELIVRE – Escola Livre de Meio Ambiente e Administração

Atividades:
Aruanda Ambiente e ELIVRE realizam Cursos, Seminários e Capacitações para Empresas, Instituições públicas ou privadas, Instituições de Ensino, em especial de nível superior, e Grupos de diversas especialidades.
O espaço e as instalações estão disponíveis também para eventos realizados por instituições, empresas e universidades.
Consulte.

Maiores informações: Fale conosco

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Brasil está entre maiores vítimas de doenças ambientais, diz OMS

Os países emergentes e em transição, especialmente o Brasil, a Índia e a Rússia, são os mais ameaçados pelas doenças ligadas ao ambiente, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Os problemas de saúde provocados pela impureza da água, a poluição atmosférica, o estresse no trabalho ou na circulação automobilística matam a cada ano 13 milhões de pessoas no mundo, destacou a OMS em coletiva de imprensa em Genebra. Essas mortes poderiam ser evitadas num ambiente mais saudável, afirmou o órgão internacional.

Com o objetivo de comparar o impacto dessas doenças nas diferentes regiões do mundo, a OMS calculou os anos de duração de doenças sofridas por causa desses diferentes problemas de saúde para cada mil habitantes.
Os países mais pobres do mundo, como Angola, Burkina Fasso, Mali e Afeganistão, figuram todos na parte mais crítica da classificação, com um total de 316 anos perdidos.
Esses países são vítimas de diversos "maus procedimentos" ambientais, desde a má qualidade da água até a utilização de combustíveis na cozinha --o que provoca problemas respiratórios.

A Índia soma 68 anos de doenças por mil habitantes, a Rússia, 54 anos, o Brasil, 37 anos e a China, 34.

France Presse, em Genebra - Folha - 13.06.07

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AQUECIMENTO GLOBAL ACELERA DEGELO E ELEVA NÍVEL DO MAR

A equipe usou um satélite da Nasa para medir variações da gravidade na Groenlândia

WASHINGTON - O degelo na Groenlândia triplicou nos últimos anos, em uma nova evidência do aquecimento global, afirma estudo publicado na edição desta semana da revista Science. Outro trabalho, publicado na mesma edição, destaca que a precipitação de gelo na Antártida se mantém estável nos últimos anos.
"A capa de gelo da Groenlândia derrete num ritmo acelerado, a três vezes a velocidade registrada antes de 2004", diz Jianli Chen, chefe da equipe que realizou o estudo. Ele acrescenta que sua investigação confirma resultados de outros cientistas, indicando um "efeito estufa" que se faz sentir por todo o mundo.
Um dos trabalhos anteriores, publicado em maio, afirmava que o aumento global das temperaturas havia elevado a velocidade com que as geleiras da Groenlândia se derretem no Atlântico. A água liberada dessa forma atua como lubrificante, acelerando o desprendimento de icebergs da capa de gelo.A equipe de Chen usou um satélite da Nasa para medir variações da gravidade na Groenlândia, e comparou os dados de abril de 2002 a novembro de 2005. O levantamento indicou a perda de 240 km3 de gelo anualmente. Esse derretimento pressupõe um aumento do nível do mar da ordem de 0,6 mm ao ano.

O outro trabalho publicado na Science, realizado por um grupo internacional, indica que a acumulação de neve da Antártida, ao longo dos últimos 50 anos, manteve-se praticamente estável. Essa conclusão derruba as alegações de que um aumento da neve no continente antártico poderia compensar o derretimento de geleiras em outras partes do mundo.

OESP - EFE -10 de agosto de 2006

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Corte seletivo alimenta desmatamento na Amazônia

O corte seletivo de árvores na Amazônia é o prenúncio da devastação total da área explorada, revela um estudo publicado ontem por um grupo de brasileiros e americanos. Segundo os pesquisadores, 32,7% das terras que sofrem extração das árvores de interesse comercial acabam completamente devastadas em quatro anos.

A estimativa foi feita por meio de um método de análise de imagens de satélite desenvolvido pelo grupo do biogeólogo Greg Asner, da Universidade Stanford (EUA), em parceria com José Natalino Silva, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Os dois já haviam publicado um estudo importante em 2005, revelando um volume oculto da exploração madeireira. Segundo seus dados, a área de corte é hoje bem maior (possivelmente o dobro) do que se achava.
Agora, em estudo publicado na revista PNAS, Asner, Natalino e colegas analisaram um histórico de dados entre 2000 e 2004 para demonstrar uma relação de causa e efeito entre a exploração madeireira e o desmatamento em si. "Descobrimos que o corte [seletivo] não está sendo tratado como alternativa ao desmatamento, como foi proposto antes", diz Asner.
A porcentagem levantada pelo grupo mostra a probabilidade de uma área de floresta explorada por madeireiros ser ocupada --provavelmente por grileiros-- e convertida em pastagem ou plantação. "É uma causa indireta", diz Natalino. "A exploração florestal, bem ou mal, não desmata, mas promove a exploração desregrada."
O trabalho revela que a área de floresta amazônica afetada pela atividade madeireira foi de 17.200 km2 --equivalente a cerca de três quartos do Estado de Sergipe--, dos quais 5.600 km2 acabaram sendo devastados posteriormente. Os números ajudam a elucidar a dinâmica que se instala na região do Arco do Desmatamento --linha que cruza Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre-- após uma área ser explorada para madeira.
O corte seletivo, sozinho, é quase invisível aos satélites, mas as estradas feitas pelos madeireiros acabam abrindo caminho para os grileiros e a expansão da agropecuária sobre a floresta. Para curar essa "cegueira" dos satélites, Asner criou um método para identificar sinais do corte seletivo escondidos nas imagens --clareiras, estradas e áreas com o dossel da floresta fragmentado. Comparando esses marcadores com dados colhidos em terra, conseguiu validar um método de análise confiável.
Inicialmente, a técnica foi controversa, porque não chegava aos mesmos resultados que outro método, criado pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dois grupos, porém, estão em conversação para se chegar a um método consensual.
"Nas áreas mais exploradas, os métodos chegam a números parecidos", diz Carlos Souza Júnior, do Imazon. A técnica do instituto deve ser usada para incorporar o corte seletivo à conta geral do desmatamento, divulgada anualmente.
No novo trabalho, Asner também conseguiu quantificar o impacto das estradas sobre o desmatamento de áreas que sofreram corte seletivo. A maior parte concentrou-se num raio de 25 km das vias: a probabilidade das florestas exploradas nesse corredor serem derrubadas foi quatro vezes maior do que a de florestas intactas. "Há uma ligação forte da exploração com o desmatamento, e a madeira pode servir de capital para financiar [a conversão da floresta]", diz Natalino

RAFAEL GARCIA da Folha de S.Paulo - 02.08.06

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17 de Junho - Dia Mundial de Combate à Desertificação

Em 19 de dezembro de 1994 a Assembléia Geral da ONU proclamou 17 de junho como o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (resolução 49/115). Esse mesmo ano, nesse dia se havia aprovado a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos países afetados por seca grave ou desertificação, em particular a África.

Em mensagem sobre o dia, o Secretário Geral da ONU diz que "Num terrível círculo vicioso, a desertificação é em parte conseqüência da pobreza e por outro a aumenta. Junto a outros problemas, a desertificação é causa da migração forçada de zonas rurais empobrecidas para cidades que não estão em condições de acolher e empregar adequadamente aos recém chegados.
Se não se adotam medidas e continuam as tendências atuais, em 2020, 60 milhões de pessoas poderão ser deslocadas de zonas desertificadas da áfrica subsaariana para a África setentrional e Europa e 135 milhões de pessoas poderiam correr o risco de desarraigo em todo o mundo."

No Brasil, a primeira reunião para a criação do Plano Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil) aconteceu apenas em 2003.

Em Brasília, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, informou que para combater a desertificação no Brasil, o governo desenvolve políticas de geração de renda, de suprimentos básicos, bem como programas estratégicos voltados para a preservação ambiental das florestas nativas. "O desmatamento e o mau uso do solo são os principais vetores que provocam o processo de desertificação no semi-árido brasileiro".
O secretário explicou que no semi-árido a desertificação abrange uma área bastante importante do Brasil. "À medida que se agrava esse processo, nós vamos perdendo essas áreas para a utilização produtiva porque agrava o processo de pobreza e de exclusão social".
Ele lembrou que em todo o mundo, as regiões mais suscetíveis à desertificação são ocupadas por populações de baixa ou baixíssima renda. "Precisamos sempre combinar estratégia de combate à desertificação com políticas de desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental", ressaltou.

O Brasil possui as áreas suscetíveis à desertificação mais densamente povoadas do mundo. Numa área correspondente a 15,7% do território nacional, englobando 32 milhões de pessoas, está quase 20% do total da população brasileira. As áreas ameaçadas envolvem os nove estados nordestinos, o norte de Minas Gerais e uma parte de Espírito Santo.

Fontes: ONU e MMA - 17 de junho de 2006

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ATÉ 2015, BRASIL PRECISA REDUZIR PELA METADE O NÚMERO DE PESSOAS SEM ÁGUA POTÁVEL.

Para cumprir as Metas do Milênio, conjunto de normas ratificadas por 191 países-membros das Nações Unidas, o Brasil terá até 2015 para reduzir pela metade a proporção de pessoas sem acesso à água potável. Entre as medidas que podem ajudar o país a cumprir as metas estão os investimentos em saneamento.
"Se o Brasil quiser realmente cumprir uma das metas do Milênio, que é assegurar esses níveis importantes de água de boa qualidade e coleta de esgoto, nós teremos que investir alguns milhões por ano no saneamento", afirma o diretor da ANA, Oscar Cordeiro Neto.
Entre os recursos do governo federal destinados ao saneamento está o dinheiro arrecadado pela Agência Nacional de Águas (ANA) pela cobrança pelo uso e poluição da água das bacias hidrográficas sob a responsabilidade da União. A taxa é paga pelos grandes usuários de águas, como propriedades que utilizam a água para irrigar as plantações e grandes indústrias.
Atualmente duas bacias administradas pela União já fazem a cobrança: a bacia do Paraíba do Sul, que envolve os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo; e a bacia do Piracicaba, que envolve São Paulo e Minas Gerais. Juntas, elas arrecadam mais de R$ 20 milhões por ano.
Segundo Cordeiro Neto, os recursos são aplicados nas próprias regiões que pagam pelo uso da água, prioritariamente no saneamento dos rios. "Como as bacias estão hoje com um nível de poluição muito elevado, esses recursos têm sido praticamente todos utilizados para tentar resolver a questão do saneamento", afirma o diretor da ANA.
Ele explica que com o dinheiro serão construídas novas estações de tratamento de esgoto nos municípios e ampliadas as redes de coletas. "Com isso se busca no médio prazo que esses rios voltem a ter as condições que tinham no passado, rios onde se podia pescar e nadar", afirma Cordeiro Neto.
De acordo com o Ministério das Cidades, 51% dos municípios brasileiros já possuem coleta de esgoto, mas apenas 15% recebem tratamento. O ministério estima em R$ 180 bilhões os investimentos necessários para promover a cobertura integral dos serviços de saneamento até 2020.

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

09/05/2006 – site www.ana.gov.br

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INFORME DA ONU SOBRE O DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO MUNDO

O Segundo Informe das Nacões Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo foi apresentado no México dia 9 de março.
A restrição dos direitos políticos e das liberdades cívicas, a corrupção e a lentidão nas reformas agravam a situação cada vez mais crítica dos recursos hidricos do planeta, segundo afirma o Segundo Informe das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, que contém a avaliação mais completa dos recursos mundiais de água doce realizada até o momento.
Gordon Young, Coordenador do Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos das Nações Unidas (WWAP), y Cristóbal Jaime Jáquez, Director Geral da Comissão Nacional de Agua do México, fizeram a apresentação mundial deste informe, intitulado “A água, uma responsabilidade compartida”, no transcurso de uma conferência de imprensa que teve lugar em 9 de março, no Centro de Informação das Nações Unidas da capital mexicana.

Baseando-se nas conclusões do primeiro informe, publicado em 2003, a nova edição manifesta que a crise mundial dos recursos hídricos é, em grande medida, uma crise dos sistemas de administração e governo, que são os que "determinam quem, quando e de que maneira obtém qual água e decidem quem tem direito ao acesso à água e serviços conexos".

O informe apresenta um panorama detalhado da questão da água em todas as regiões e na maioria dos países do mundo e realiza ainda um acompanhamento dos progressos realizados para a construção das metas relativas à água, enunciadas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fixado pelas Nações Unidas. No informe se examina também toda uma série de questões chave que vão desde o aumento da população, a crescente urbanização, a evolução dos ecossistemas, a produção de alimentos, a saúde, a indústria, a energia, até a gestão de riscos, a valorização e custo da água e a melhoria dos conhecimentos e capacidades. O informe inclui 17 estudos de casos que permitem expor os problemas mais característicos que os recursos hídricos apresentam e proporcionam ao mesmo tempo conhecimentos valiosos sobre distintos aspectos da crise da água, assim como respostas para tratar de resolvê-la.
Por último, o texto apresenta um conjunto de conclusões e recomendações que podem servir de guia para a ação futura com respeito aos recursos cada vez mais escassos de água doce do planeta e estimular sua utilização, produtividade e gestão sustentáveis.

O informe das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, que se publica a cada 3 anos é fruto do trabalho conjunto de 24 organismos das Nações Unidas, em cooperação com os governos e outras partes interessadas.
É produzido pelo Programa Nacional de Avaliação dos Recursos Hídricos das Nações Unidas, cuja secretaria se encontra na UNESCO, para quem a água é uma das máximas prioridades.

Esta segunda edição se apresentou uma semana antes do 4o. Fórum Mundial da Água, realizado na Cidade do México de 16 a 22 de março, no qual o Diretor Geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, fez uma apresentação do Informe em nome dos 24 organismos que participaram em sua elaboração.

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CRESCE ÁREA DE PLANTIO DE CULTURAS TRANGÊNICAS NO BRASIL

São Paulo - A área de plantio de transgênicos no país aumentou em 4,4 milhões de hectares no ano de 2005, segundo relatório da organização não-governamental norte-americana International Service for the Acquisition of Agri-Biotech Apliations (ISAAA). O Brasil foi o país onde as culturas de oleaginosa geneticamente modificada mais cresceram em 2005, chegando a 9,4 milhões de hectares, contra 5 milhões de hectares do período anterior.
No ano passado, o plantio de organismos geneticamente modificados (OGMs) ocupou 90 milhões de hectares no mundo, um acréscimo 9 milhões de hectares em relação a 2004. Hoje, cinco países cultivam quase 95% - 85,4 milhões de hectares - de toda área do planeta destinada a transgênicos, informa a ISAAA.
Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com 49,8 milhões de hectares. Em segundo, aparece a Argentina, com 17,1 milhões de hectares. Depois vem o Brasil, com 9,4 milhões de hectares; Canadá, com 5,8 milhões de hectares; e China, com 3,3 milhões de hectares. No ano passado, França, Portugal, Checoslováquia e Irã também passaram a plantar organismos geneticamente modificados.
A soja lidera o ranking dos produtos transgênicos mais cultivados no mundo, destaca a ONG norte-americana. Seguida do milho, algodão e canola. De acordo com a ISAAA, 90% dos produtores de OGMs são trabalhadores pobres de países em desenvolvimento.
O plantio comercial de produtos transgênicos no Brasil começou em 2004, no Rio Grande do Sul.

O Estado de São Paulo - 27.01.2006

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CALIFÓRNIA CLASSIFICA FUMAÇA DE CIGARRO COMO POLUIÇÃO

O Estado da Califórnia se tornou o primeiro estado americano a classificar a fumaça produzida por cigarros como “poluição tóxica” do ar.


Com essa classificação, determinada pela agência governamental responsável pelo controle da qualidade do ar, a fumaça do cigarro fica na mesma classificação dos gases produzidos por carros a diesel.
Isso pode permitir que o Estado amplie as restrições sobre o fumo.
Para a agência, muitos estudos científicos ligam o fumo passivo ao aumento de risco de uma série de doenças, que vão de câncer a problemas respiratórios.
A Califórnia já é um dos Estados – e um dos locais no mundo – com as maiores restrições ao fumo. Foi o primeiro Estado a proibir o fumo no local de trabalho e também foi pioneiro na proibição do fumo em restaurantes e bares.
Um estudo recente mostrou que apenas 16% dos californianos fuma, mas que 54% dos adultos e 64% dos adolescentes estão expostos ao fumo.

Folha de São Paulo / BBC Brasil - 27.01.06

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UM ANO DO PROTOCOLO DE KIOTO

Com sua entrada em vigor em 16 de fevereiro de 2005 e convertido no primeiro grande tratado internacional para a proteção do meio ambiente, o Protocolo de Kioto foi ratificado por 160 países industrializados que se comprometeram a reduzir em 5,2% suas emissões coletivas de gases de efeito estufa para 2008/20012 com relação a 1990.
As últimas estimativas apontam para uma redução de apenas 1.7%.
O acordo pretendia ser o primeiro passo firme contra as mudanças climáticas e marcar a estrutura para avançar em maiories reduções de gases de efeito estufa procedentes, principalmente, do uso de combustíveis fósseis em geração de energia, transporte e indústria e aos quais se acusa de provocar, ao menos em parte, o aumento de temperatura do planeta.
Em nível mundial e pese a um pessimismo inicial, a ONU assegurou recentemente que se poderá alcançar a redução de emissões de gases de efeito estufa estipulada por Kioto.
Ainda que Estados Unidos (responsável por 36,1% das emissões entre os países industrializados em 1990) tenha sido o grande ausente do tratado, a adesão da Rússia foi definitiva para sua entrada em vigor.

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FILTRO SOLAR ECOLÓGICO PARA PROTEÇÃO DE CULTIVOS

O desenvolvimento e a descoberta realizada por um instituto de pesquisas especializadas da UBÁ (Universidad de Buenos Aires) e o INTA(Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria) da Argentina, permite reduzir a radiação solar de produtos agrícolas, especialmente em épocas e regiões onde a radiação solar intensiva provoca danos aos cultivos.
Trata-se de um produto denominado “FIL TUE” formulado sobre uma base de minerais não tóxicos que permite formar uma camada de proteção, especialmente sobre frutas e hortaliças, permitindo reduzir até 7 graus centígrados a temperatura. As experiências demonstraram altos resultados na produção e na qualidade dos produtos. O sistema é ecologicamente correto por não deixar nenhum tipo de resíduo – nem nas frutas, nem no meio ambiente. Israel, México e Peru estão na lista de interesse e o Brasil seria o principal alvo de mercado.

(fonte Prensa UGR.ES)

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CHINA- UM GIGANTE CADA VEZ MAIOR E DISPOSTO A TUDO

Após impulsionar por longos anos o mercado mundial do aço com suas volumosas importações, a China se prepara para um novo papel como exportador de aço, que pode converter a escassez do produto em excesso de oferta e deprimir seus preços regionais e mundiais. A produção de artigos de aço chineses este ano vai superar o consumo interno, o que aumentará as exportações e causará o acúmulo de reservas, alertam observadores. Planejadores econômicos mundiais temem que os produtos chineses ao começarem a fluir em quantidade, causem grandes problemas a produtores mundiais de aço, de produtos derivados e manufaturados provocando o fechamento de muitas empresas.
ALGUNS DADOS DA CHINA
Na China se abre uma nova empresa a cada 26 minutos, o que representa 69 empresas por dia, o que somaria 2.070 empresas abertas mensalmente. Pela média de ocupação direta de mão-de-obra teríamos mais de 2.500.000 de novos postos de trabalho por mês.

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EMPRESAS CADASTRADAS NA ARUANDA AMBIENTE

Consultar o link “EMPRESAS”, específico para Empresas Cadastradas.

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